A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) dispersou torcedores do Atlético Mineiro pouco antes do início da final do Campeonato Mineiro, no bairro Bonfim, na tarde deste sábado (22).
De acordo com a PM, os militares foram acionados sobre uma aglomeração na sede da torcida organizada Galoucura. Eles teriam passado pelo local orientando as pessoas por três vezes, mas organizadores do evento e torcedores teriam arremessado pedras e garrafas e outros os policiais, que reagiram com bombas de gás lacrimogêneo.
Na versão dos torcedores, a PM atirou balas de borracha e bombas de gás antes que os participantes do evento atacassem viaturas. “Eram umas 200 pessoas fazendo ensaio de bateria, o policiamento passou pedindo para dispersar umas 16h15, 15 minutos antes do jogo, então ficou inviável dispersar, porque o pessoal queria ver o jogo, a grande final. O pessoal entrou na sede e a polícia começou a dar tiros de borracha em quem ficou do lado de fora. As pessoas começaram a passar mal lá dentro, tinha mulher e criança, duas senhoras desmaiaram”, descreve o diretor da torcida, Kim Rodrigo, 38.
Ele admite que havia aglomeração no local, mas questiona que a polícia não tenha agido com a mesma intensidade contra manifestações ocorridas no Centro da cidade nas últimas semanas, por exemplo. “A gente fica chateado com essa discriminação com torcida organizada, essa covardia acontecendo com a gente”, diz. Segundo o torcedor, pelo menos quatro pessoas foram atingidas por tiros de borracha e dois diretores da torcida foram encaminhados a uma delegacia.
Veja o vídeo enviado por torcedores:
A polícia não confirmou à reportagem se houve feridos ou prisões, mas afirmou que organizadores do evento responderão na Justiça por “infringirem as determinações impostas pelo poder público, destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, conforme prevê o artigo 268 do Código Penal Brasileiro”. O artigo prevê multa e detenção de um mês a um ano.
Esta matéria está em atualização.