Está na Delegacia de Plantão de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, o policial militar de 28 anos que é suspeito de matar a mulher após uma discussão na noite de quarta-feira (15). O crime aconteceu dentro da casa do casal, no bairro Palmita. A vítima, de 27 anos, chegou a ser socorrida pelo próprio suspeito para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) São Benedito, mas não resistiu ao ferimento.
A Polícia Militar (PM) informou que o crime aconteceu por volta das 22h48 na rua Albertina Neves Carvalho. O soldado foi preso. De acordo com o tenente-coronel Edésio Amorim, comandante do 36º Batalhão, o soldado atuava na 180ª Companhia há três anos e era um bom policial, sem histórico de violência em sua atuação.
“Ele estava voltando de um churrasco na casa de outro militar e, segundo as informações preliminares, eles começaram a discussão dentro do carro e, em datas pretéritas, já estavam discutindo muito. A versão dele é que, ao chegar na casa, foi surpreendido por ela com a arma dele na mão. Ao atentar desarmá-la, houve um disparo acidental que acertou a testa dela”, detalhou o comandante.
O militar alega que não houve intenção alguma de assassinar a companheira. “Tanto que ele imediatamente colocou ela no veículo e levou para o hospital. A perícia esteve na casa e achou um único cartucho disparado. Pelo histórico, pela convivência que a tropa tem com ele, leva a entender que realmente foi uma fatalidade”, defendeu o tenente-coronel Amorim.
O soldado foi preso no próprio hospital e encaminhado para a Delegacia de Plantão da cidade, onde continua. O delegado ratificou a prisão em flagrante e, agora, o suspeito aguarda para ser levado para o presídio militar do 1º Batalhão.
A reportagem de O TEMPO esteve no local e conversou com um comerciante, que é vizinho do casal e não quis ser identificado. “Eu estou em choque. Quando mudei pra cá os dois eram bem crianças, pequenininhos. Aí começaram a namorar e casaram. A gente não via muita briga nem nada. Não dá pra saber. É complicado porque todo mundo está em choque, mas ninguém sabe o que aconteceu direito”, disse.
Na casa onde a mulher foi baleada também moram os pais do soldado, que viviam na parte de baixo enquanto o militar, a mulher, a filha do casal de 2 anos e um filho de outro relacionamento da vítima moravam na parte de cima. “Ela almoçou com a sogra e, depois, foram para um evento. Voltaram discutindo. A mãe do soldado disse que a mulher tentou pegar a arma do marido e, na tentativa de parar a situação, ele tentou tirar a arma dela e efetuou os disparos”, contou o vizinho.
A testemunha disse ainda que o casal era de boa família, mas que a mãe chegou a dizer para conhecidos que o filho e a nora brigavam muito.
Atualizada às 12h24