Aparecida das Graças Alves Souza, mais conhecida como ‘Cidinha’, foi homenageada pelo Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais com a medalha de mérito “Desembargador Hélio Costa”. O cerimonial foi realizado no fórum Odovilho Alves Garcia na última quinta-feira (12) de dezembro.
A referida medalha destina-se homenagear aqueles que prestam ou prestaram relevantes serviços ao Poder Judiciário de sua localidade. A escolha de Cidinha ocorreu em conformidade com a Resolução 411/2013 do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Uma comissão avalia a cessão do título.
Adilson Balduíno da Silva — colaborador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)— foi homenageado como o servidor do ano.
Com um tom afável e cordial, o juiz Dr. Thales Cazonato Corrêa deu início ao cerimonial.
Autoridades, amigos e familiares dos agraciados prestigiaram a cerimônia.
O juiz da comarca de Capinópolis, Dr. Tales Cazonato Corrêa, efetuou a entrega da medalha à Aparecida das Graças. Cidinha, 52 anos, é filha de Valdomiro Maximiano Alves e Lázara Martins Alves. É licenciada no curso de Letras e pós-graduada em metodologia do ensino de Português, direito administrativo, direito penal, direito processual civil e direito da família.
Antes de ser servidora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Aparecida das Graças Alves Souza foi professora.
Em 2013 e2015, Cidinha foi eleita a ‘servidora do ano’ pelo TJMG.
“Muitas vezes o trabalho do Judiciário é criticado pela morosidade, mas dentro de Capinópolis, vamos tentar fazer um Judiciário diferente, foi isso que eu propus desde que cheguei. Nós tivemos uma redução de 40% do acervo da Comarca de Capinópolis. Isso é graças ao trabalho dos servidores. A Cidinha é uma excelente esposa, filha, avó, dedicada à família, dedicada aos compromissos sociais (…) isso faz da Cidinha uma pessoa que merece ser homenageada. Hoje a qualidade que está à tona é a qualidade de servidora, é a qualidade de prestar o serviço ao Poder Judiciário”, disse o juiz Dr. Thales Cazonato Corrêa.
Dra. Maria Carolina Silveira Beraldo exaltou as qualidades profissionais da homenageada. “Você, para nós, é motivo de muito orgulho. Quando eu chego ao fórum e vejo o seu sorriso (…) é o seu trabalho refletido”, destacou a Promotora de Justiça da Comarca de Capinópolis.
Alexandre Santos Gomes, presidente da 213ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, destacou a eficiência de Cidinha. “Sou testemunha do trabalho da Cidinha, o atendimento que nos dedica, a paciência, então, o título é merecido”, disse presidente.
O vice-prefeito Jaisson Souza, que representou o prefeito Cleidimar Zanotto, ressaltou a amizade com a agraciada. “Você com esse sorriso, com esse carinho (…) é merecedora desta medalha. Gosto muito de você. É uma servidora exemplar e uma amiga”, disse o vice-prefeito.
Caetano Neto da Luz, representando do Poder Legislativo, pontuou a importância do reconhecimento do trabalho das pessoas que se dedicam à comunidade. “A gente não precisa conviver no dia a dia para reconhecer o trabalho, o talento e a competência sua no que você faz. Na Bíblia diz que muitos são chamados, mas poucos são escolhidos e vocês foram escolhidos para uma tarefa muito grandiosa”, disse o parlamentar se referindo à Aparecida das Graças e Adilson Balduíno.
Túlio Alves de Souza, filho de Cidinha, homenageou a mãe em nome dos familiares. Túlio também homenageou o tio, Adilson Balduíno e relembrou quando a mãe e o tio estudavam para prestar o concurso público para o Tribunal de Justiça.
Emocionada, Cidinha agradeceu. “Inicialmente, ressalto que fui tomada de surpresa e alegria, que recebi, através do Dr. Thales, a notícia que eu fora escolhida para ser agraciada com a medalha Desembargador Hélio Costa. Tamanha distinção, realmente, nunca foi esperado por mim. Agradeço aos componentes da mesa, aos membros da comissão pela indicação de meu nome para ser homenageada pela referida medalha. A palavra que define este momento é ‘gratidão'”.
Servidor do ano
Com um vasto currículo de serviços prestados, Adilson Balduíno da Silva recebeu o diploma de ‘servidor do ano’.
Alisson Balduíno, filho de Adilson, resumiu seu sentimento em relação ao pai. “O senhor está recebendo este prêmio de ‘servidor do ano’, quero que o senhor saiba que sempre foi e sempre será, aos meus olhos, o melhor servidor do ano”.
Em sua palavras, Adilson dedicou a homenagem aos colegas de trabalho. “Eu só tenho a agradecer a todos os colegas de judiciário aqui de Capinópolis, pelo título que me foi concedido. Esse título representa muito para mim e esse título é para todos os funcionários. Atrás de um título como este, há os outros servidores da Justiça e todos colaboram para este título. Não existe um bom funcionário sem outros bons funcionários à sombra dele”.
A Câmara Municipal de Capinópolis foi representada pelos parlamentares Gilvan Gama, Caetano Neto da Luz, João Makhoul, Bernaldo Evaristo Cabral e Ivo Américo. O Poder Executivo foi representado pelo vice-prefeito de Capinópolis, Jaisson Souza. Alexandre Santos Gomes representou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A ex-prefeita Dinair Isaac, o ex-vereador Luiz Alberto Longo, Édson Divino da Silveira — presidente do Lar do Idoso, prestigiaram a homenagem.
Edward Sales, que também é parlamentar do Legislativo capinopolense, foi cerimonialista.
Quem foi o desembargador Hélio Costa
Natural de Sabará, Minas Gerais, o desembargador Hélio Costa nasceu em 22 de fevereiro de 1914. Era filho de Duarte Costa e D. Maria Amalia Costa.
Bacharelou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), turma de 1937 e, em 1940, ingressou na magistratura. Atuou nas comarcas de Inhapim, Itamarandiba, Abre Campo, Araçuaí, Patos de Minas e Itapecerica. Em Belo Horizonte, foi juiz titular da 6ª Vara Cível.
Sua promoção a desembargador ocorreu em 14 de março de 1964. Exerceu, ainda, os cargos de presidente do Tribunal de Justiça Esportiva de Minas Gerais (1961/1963), presidente do Tribunal Eleitoral (1973), corregedor-geral de Justiça (1976/1977), provedor da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte (1985-1991), entre outros cargos de destaque. Dedicou-se ao magistério como professor de Direito Civil e Comercial na UFMG e na Universidade Católica de Minas Gerais, atual Puc Minas, onde foi vice-diretor (1966-1969) e diretor (1969-1978) da Faculdade de Direito. Ao longo de sua carreira jurídica, foi agraciado com os mais expressivos títulos e comendas.