A Polícia Civil de Goiás apresentou nesta terça-feira (15) dois suspeitos de matar um travesti, em Goiânia. Lucas Ferreira, de 29 anos, e Dionata Guimarães, de 24, confessaram o crime. Conforme as investigações, a vítima, Allan José Calaça Júnior, de 27 anos, foi morta a pedradas depois de um desentendimento com um dos suspeitos.
O crime aconteceu no dia 12 de julho deste ano quando, segundo a polícia, Allan foi abordado pelos suspeitos em uma rotatória do Bairro São Francisco, na capital, onde ele costumava ficar para oferecer programa. A dupla chegou em um caminhão dirigido por Dionata, que presta serviços para um transportador de carga.
“Após convite para um programa, os suspeitos e a vítima foram para uma rua afastada no Setor Recreio São Joaquim e entraram no baú do caminhão para terem relações sexuais” afirmou o delegado Valdemir Pereira da Silva, da Delegacia de Investigação de Homicídio de Goiânia (DIH), responsável pelo caso.
Após o ato, o delegado conta que houve um desentendimento entre a dupla e Allan, e eles saíram do caminhão brigando até que Lucas e Dionata apedrejaram o travesti até a morte. O corpo foi encontrado horas depois pela Polícia Militar.
Motivações
De acordo com o delegado, Lucas Ferreira afirmou em depoimento que tanto ele quanto Dionata Guimarães tiveram relações sexuais com o travesti. Já Dionata nega ter feito sexo com Allan. Ele alega que cometeu o crime por “vingança”, depois que o travesti jogou uma pedra no carro onde estava, semanas antes do crime.
Por meio da captação de imagens de câmeras de segurança, os policiais identificaram um caminhão que passou no local onde o travesti fazia ponto e, em seguida, próximo ao local onde o corpo foi encontrado, no bairro Recreio São Joaquim. A partir daí, a polícia calculou que tenha abordado mais de 2 mil caminhões em busca dos suspeitos.