É grave o estado de saúde de um bebê de quase oito meses, do sexo feminino que segundo a polícia foi vítima de espancamento do próprio pai. A menina chegou ao Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) transferida de Inhumas já em coma. Por exame médico, foram constatados queixo, externo (osso do peito), costelas e braço quebrados, além de um tumor na cabeça, decorrente de uma agressão, segundo a mãe da criança, V.C. M., uma menor de 14 anos.
(atualização: O bebê faleceu no dia 27 de março)
O pai, Paulo Henrique Moraes, 23, foi preso em flagrante e confessou a autoria do crime, mas não em depoimento formal, segundo informação do titular da delegacia de Inhumas, Humberto Teófilo. “Tudo indica que o motivo teria sido porque o pai ficou nervoso com o choro da criança”, disse o delegado, que informou também que a investigação já concluiu que o pedreiro teria sido realmente o agressor da própria filha.
“Ouvimos diversos familiares, parentes tanto da mãe quanto do pai, vizinhos e a própria mãe e todos confirmaram que não apenas ontem, mas em outras ocasiões o pai apresentava comportamento agressivo com a criança”, informa o delegado. Ele conta também que o preso chegou a ameaçar a esposa tentando forçá-la a assumir o crime. “Ele é extremamente frio, planejou com tranquilidade, esperou a mãe sair de casa para atacar a criança”, conta o delegado.
A mãe da criança, que estava vivendo com Paulo Henrique há cerca de 4 meses, conta que seu marido ficava irritado com o choro da criança. “Quando eu cheguei em casa, ela estava chorando muito e quando peguei no cólo, notei que ela dormiu imediatamente, tipo desfalesceu. Depois que ele saiu, eu ouvi ela dar um suspiro e quando fui no quarto olhar, vi que ela estava com o peito baixo e dificuldade para respirar. Daí já saí pedindo ajuda e minha vizinha nos levou ao hospital”, conta a mãe.
Braço quebrado
Ela explica que quando chegou ao hospital, foi informada de que a filha estava com crise de bronquite e havia entrado em coma. “O médico também disse que ela estava com o braço quebrado no meio do osso, tipo espancamento mesmo”, relata a mãe. Da emergência, a mãe seguiu direto para a delegacia onde o delegado Humberto começou as investigações, ouvindo testemunhas para apurar o caso. O pai da menina seguiu para Goiânia na companhia da criança porque era o único responsável maior de idade e aqui no HUGO, foi recolhido pela polícia e levado, já preso, para a delegacia de Inhumas.
A assessoria de imprensa do HUGO informou que foi orientada pela própria polícia a não disponibilizar entrevista para não atrapalhar as investigações. Na perfil do Facebook da mãe, vários ataques de terceiros responsabilizam a mãe pelo caso de violência. Segundo o delegado não há vestígio de participação dela no crime. De acordo com Vitória, Paulo já havia dado demonstrações de ser uma pessoa agressiva, principalmente com a bebê. “Uma vez ele tacou água na cara dela porque ela estava chorando e ele queria que eu fosse fazer almoço para ele”, conta. A mãe diz estar muito abalada e arrependida de deixar Stefany aos cuidados do pai.