A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou a ex-presidente do Instituto de Previdência dos Servidores de Capinópolis pelo crime de estelionato. A servidora foi indiciada na última segunda-feira (29) de abril.
O indiciamento é um ato pelo qual o responsável pelo inquérito conclui haver suficientes indícios de autoria com o fato delituoso, podendo integrar o conjunto probatório em processo judicial.
Segundo a Polícia Civil, nos anos de 2014 e 2015, a investigada se valeu do cargo para fomentar pagamentos indevidos nas contas de servidores licenciados e aposentados, resgatando o dinheiro de diversas formas. Ela contatava os beneficiários e os informava sobre erros ocorridos nos depósitos, solicitando então que o dinheiro fosse devolvido a ela em mãos. A suspeita também agia falsificando o endosso dos cheques, assinando no verso e indicando o nome do novo beneficiário.
Segundo o Delegado Cleiton Viana, titular da Delegacia de Capinópolis, a pena para o crime em questão pode chegar a cinco anos de reclusão, com possibilidade de aumento de um terço.
Ainda segundo o delegado responsável, em caso de condenação, a investigada pode ser conduzida a um regime semiaberto, já que não ocupa mais o cargo no Instituto de Previdência.
Os outros suspeitos de envolvimento ainda estão sendo investigados pela Polícia Civil.
O CASO
O “Desvioduto da previdência”, como ficou conhecido o caso em 2015, foi amplamente divulgado pela imprensa regional. Após tomar conhecimento das irregularidades, Eliene Pereira Nunes Barbosa foi exonerada do cargo pela então prefeita, Dinair Isaac.
O inquérito Civil 0126.14.000.176-2 aberto em 06 de Maio de 2015 pelo Ministério Público.