A Polícia Civil está investigando um atentado contra um jornalista de Patrocínio, no Alto Paranaíba. Nesta semana, o portão da casa da vítima apareceu com várias perfurações de tiros que, segundo ela, seriam uma tentativa de intimidação.
Segundo José Maria Porotilho, ele, a esposa e filha ouviram o som dos disparos mas, não se preocuparam com o barulho.
“Fomos surpreendidos por volta das 00h55 com estampidos de tiros e achamos que fossem foguetes, fogos de artifício, mas, depois verificamos que foram tiros”, contou.
No total, a perícia verificou 10 marcas de disparos .380 sendo que, algumas das balas atravessaram o portão e atingiram uma parede e uma porta da residência. De acordo com o jornalista, ninguém se feriu mas, todos ficaram assustados com o ocorrido.
“A nossa família não pode ser intimidada por covardes como esses que vieram aqui na minha casa”, afirmou.
Suspeita
Segundo o delegado Alexandre Diniz, a vítima contou que tem duas suspeitas de quem tenha cometido o crime. A primeira seria de dois homens que o teriam ameaçado em um clube por conta de fotos publicada1s no site que ele mantém na internet.
“A perícia técnica esteve no local juntamente com alguns investigadores e fizeram os trabalhos iniciais. O José Maria informou um atrito que ele teve mas, não soube passar dados dessas pessoas o nosso primeiro intuito é identificar os dois suspeitos e, a partir dai, teríamos uma vertente da investigação”, disse.
O delegado informou, também, que a outra hipótese apontada pelo jornalista seria de que o crime teria sido a mando da diretora do presídio de Monte Carmelo, também na região, Dinamar Ferreira Matos, devido a uma reportagem sobre os problemas ocorridos na unidade prisional que ele publicou cerca de um mês no portal de notícias que mantém na internet, o texto traz várias denúncias de presos supostamente torturados pelos agentes do presídio.
“Já foi feita a perícia inicial e agora o trabalho de campo. Vamos ouvir eventuais testemunhas para levantar os suspeitos mais prováveis e então iremos intimá-los para que sejam ouvidos”. comentou.
Por telefone a diretora do presídio informou que ligou para jornalista para conversar com ele e pedir para que ele retirasse as acusações do site porque não seriam verdadeiras. Segundo ela, não houveram ameaças.