Após a prisão de Rodrigo Gularte na Indonésia, em 2004, a Polícia Federal de Florianópolis (SC) e a Interpol deram início à Operação Playboy, para prender os membros de uma quadrilha especializada no tráfico internacional de drogas. Rodrigo foi apontado como um dos aliciados para levar drogas ao país asiático. “Estive lá em 2007. Ele estava aéreo se dizendo perseguido. Ele nunca foi traficante. Foi ‘mula’ porque tinha passaporte, falava inglês e entraria facilmente no país”, disse Renato Borges Gularte, tio de Rodrigo.
O surfista teria sido aliciado pela quadrilha quando morou em Florianópolis. Oito pessoas foram presas na quadrilha, entre eles um homem de dupla nacionalidade, que morava no Rio de Janeiro e, segundo a polícia, gerenciava o envio de “mulas” para a Indonésia. Este homem ficou preso por seis meses. Parte do grupo ainda cumpre pena.
Como Rodrigo Gularte, pelo menos outras 14 pessoas teriam sido enviadas pela quadrilha a outros países com drogas. A investigação da PF na época apontou que cada “mula” recebia 2 mil euros para levar cada kg de cocaína até a Indonésia. A droga vinha da Bolívia.