A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou nesta terça-feira (18) os materiais encontrados com uma dupla suspeita de receptação que foi detida na segunda-feira (17).
Os detidos são um homem de 38 anos e uma mulher de 36, apontados como compradores de produtos roubados na área do Buritis e Estoril, na região oeste da capital. O suspeito é apontado como organizador de uma quadrilha que atua arrombando carros e roubando os objetos deixados no veículo, especializada no furto de computadores e notebooks. De acordo com o delegado regional do Barreiro, Rômulo Dias, o criminoso orientava os demais membros do grupo sobre como e onde roubar os produtos, comprava e revendia o material e também atuava nos furtos dos objetos.
Com eles foram encontrados 15 notebooks, tablets, jóias e outros materiais roubados. Foi encontrado um papel onde estava anotado o possível valor da venda dos produtos, que chegavam a R$ 3 mil. Um dos computadores encontrados com os criminosos, um MacBook Pro, custa aproximadamente R$ 30 mil. “Quando chegamos no local um dos computadores estava envolvido em papel alumínio, como forma de impedir seu rastreamento, o que mostra o grau de especialização do grupo”, destacou o delegado.
O suspeito foi preso em flagrante, em sua casa, no bairro Serra, quando recebia a mulher para vender os produtos. Ela é uma empresária que tem duas lojas que vendem computadores da marca Apple em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, apontada como principal receptadora do grupo.
Rômulo destaca que, desde o começo do ano, foram aproximadamente 50 casos registrados na região onde o grupo atuava. “Tenho certeza que esse tipo de crime vai diminuir muito na região do bairro Buritis e Estoril, tendo em vista que a organização criminosa foi identificada não só em seus tentáculos que praticavam o crime, como também na sua parte organizacional”, destacou.
Segundo ele, parte do grupo migrou e passou a atuar na região do bairro Jardim Canadá, em Nova Lima.
O grupo atuava preferencialmente no horário entre 16h e 18h, nos dias de semana, quando as vítimas voltavam para casa e paravam nos comércios da região para fazer compras. “Os criminosos escolhiam bem seus alvos e verificavam qual veículo seria atacado. Em todas as ocorrências percebemos que sempre existe um carro para dar apoio ao criminoso”, explicou o investigador Diogenis Moreira, que participou da operação.
O Delegado-Geral da Polícia Civil, Arlen Bahia da Silva solicitou que as pessoas que tenham sido vítimas deste tipo de crime procurem a delegacia regional do Barreiro, na avenida Sinfrônio Brochado, 940, para verificar se seus bens não foram recuperados pela operação.