Uma denúncia anônima sobre tráfico de drogas no centro de Belo Horizonte levou a Polícia Militar (PM) a prender três pessoas na tarde desta segunda-feira (29), incluindo uma policial, que trabalha na área médica da corporação. Os suspeitos foram detidos em flagrante com porções de maconha e cocaína, armas e munições .380 na loja “Cantinho do Chá”, na rua Aarão Reis. Foram presos o proprietário do estabelecimento, um homem de 41 anos, a mulher dele, de 42, que é sargento da PM, e um jovem de 23.
De acordo com o major Flávio Santiago, chefe da Sala de Imprensa da PM, quando os militares chegaram ao local da denúncia, viram o jovem correr para dentro da loja e se esconder atrás do balcão. Os policiais determinaram que ele saísse do mercado e encontram com o rapaz uma sacola repleta de munições.
Durante a busca dos policiais no interior da loja, o casal chegou em um carro e, segundo a corporação, tentou intervir no registro da ocorrência. “Eles se identificaram como proprietários da loja e a mulher se apresentou como militar da área de saúde da PM. Diante disso, ela foi avisada de que seria testemunha”, conta Santiago. “A mulher foi atrás do balcão, pegou uma outra sacola e saiu da loja. Nesse momento, ela foi cercada pelos militares que encontraram duas garruchas – arma de fogo de cano curto – e mais munições”, completa o major.
A PM deu voz de prisão aos três envolvidos. Os policiais continuaram a procura por outros materiais ilícitos e localizaram diversas porções de maconha e cocaína no estabelecimento. A corporação ainda seguiu para a residência do casal, em um bairro de BH não divulgado, e encontrou mais drogas. Até a publicação desta matéria, a polícia ainda não havia contabilizado a quantidade total de entorpecentes que estavam na loja e na casa.
Segundo o major, a Corregedoria da PM já acompanha o caso. Além de responder criminalmente como civil, a sargento será alvo de um processo administrativo e pode ser expulsa da corporação. A perícia da polícia judiciária foi acionada para investigar a loja, que foi interditada. “Ainda não se sabe para onde essa droga iria. O processo investigatório complementar é que vai responder qual era o fim e de onde vinha essa droga”, explicou Santiago.
O jovem e o dono da loja foram encaminhados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan) e a sargento para uma prisão militar, não informada pela PM.