Um cabo da Polícia Militar (PM), que estava de folga e à paisana, reagiu a um assalto quando chegava a um pagode, no início da madrugada desta sexta-feira (16), e disparou cinco tiros. Um dos suspeitos, Gustavo Henrique da Silva Teixeira, de 28 anos, foi atingido na perna direita e sofreu fratura exposta. Ele foi preso junto com o comparsa, Paulo Henrique Moraes da Silva, de 21, que tentou fugir e foi dominado pelos amigos do militar, que o aguardavam no local.
A tentativa de assalto foi na rua Augusto Veloso com avenida Portugal, no bairro Copacabana, região de Venda Nova. O cabo, que trabalha no 40º Batalhão de Ribeirão das Neves, chegava ao pagode com um amigo e foi abordado pela dupla quando estacionava o carro.
O suspeito Paulo Henrique chegou de moto com o comparsa Gustavo na garupa. Gustavo estava armado com uma réplica de pistola e anunciou o assalto. O cabo se identificou como militar e o ladrão continuou apontando a arma para ele, quando o PM sacou a própria arma e disparou cinco vezes e atingiu o ladrão na perna direita.
Gustavo foi socorrido no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), onde foi mantido sob escolta policial. Paulo foi levado para a Central de Flagrantes do bairro Alípio de Melo (Ceflan 4). Ele contou à reportagem que trabalha como entregador de pizza para o padrasto de Augusto e que a ideia do assalto foi do comparsa.
De acordo com o cabo Josimar Fernandes, do 49º Batalhão de Venda Nova, que atendeu a ocorrência, Paulo tentou fugir depois que o comparsa foi baleado, mas foi detido por colegas do cabo que estavam na entrada do pagode. “Segundo o militar vítima de tentativa de assalto, ele foi estacionar o carro e quando desceu foi abordado pela dupla que queria levar o veículo dele. Ele se identificou como policial e, mesmo assim, o rapaz apontou uma arma para ele. O militar sacou a arma dele e fez cinco disparos”, contou Fernandes. “O rapaz que estava na moto, e que não foi alvejado, tentou fugir, mas os amigos do policial que estavam por perto conseguiram contê-lo”, acrescentou Fernandes.
Paulo já tem passagem pela polícia por receptação e agressão. A PM não informou se Gustavo tem antecedentes criminais.
O cabo envolvido na ocorrência foi levado preso para o batalhão onde trabalha. O comando da unidade lavrou um Auto de Prisão em Fragrante (APF) para apurar se ele agiu em legítima defesa, que é um procedimento de praxe da Polícia Militar.