por Vinícius Romario
O movimento na Central de Abastecimento de Uberlândia (Ceasa) está até 40% menor nesse fim de ano, comparado com o mesmo período dos anos anteriores. A informação é da administração do local, que justifica a queda pelo momento de instabilidade econômica do país.
Segundo o orientador de mercado Eder Júlio de Jesus, cerca de cerca de 4 mil compradores têm passado pelo local neste final de ano, contra os 7 mil registrados em outros períodos. “Pessoas que levavam 400 volumes, estão levando entre 10 e 20 nesse ano”, afirmou Jesus.
Os compradores também têm levado menos produtos, mesmo com a pouca alteração nos preços das frutas mais comercializadas no período de festividades. Em alguns casos, como o da melancia, o quilo está 100% mais barato, comparado com 2015, o que, no entanto, segundo os produtores, também não tem ajudado a atrair mais compradores.
“No fim do ano passado o quilo da melancia estava R$ 2,10 e agora está R$ 1. Mas as pessoas que compravam 100 unidades no ano passado, estão comprando 50 esse ano”, disse a produtora Jaqueline de Lourdes Lelis.
Também não houve alta no preço das frutas tradicionais como a uva, pêssego, nectarina e ameixa, mas a saída também diminuiu. “Como em 2015, neste ano o preço da caixa desses produtos esta variando entre R$ 20 e R$ 40. O problema é que as pessoas têm comprado bem menos”, afirmou o produtor André Natal Santos.
Compradores
Segundo o orientador de mercado do Ceasa, Eder Júlio de Jesus, pessoas que vão até o local para comprar no varejo representam 2% de todos os fregueses que passam por lá. “Esse ano essa porcentagem está menor ainda”, disse Jesus.
O empresário Carlos Dias foi até o Ceasa comprar frutas como pêssego, laranja e ameixa para a ceia natalina e disse que os preços estão bons, mas, mesmo assim, não iria levar muita coisa. “Tenho vindo comprar aqui nos últimos anos e nesse está nítido o movimento menor”, afirmou Dias.
O comerciante Eduardo Ferreira Cardoso também aprovou os preços e por isso irá manter a mesma quantia de compra dos anos anteriores. “Não adianta comprar mais pelo preço menor, se o produto ficar parado na prateleira”, disse Cardoso.