A candidata à reeleição Dilma Rousseff comparou sua concorrente Marina Silva a dois ex-presidentes, insinuando que caíram por não ter Congresso.
A diferença do que diz a campanha de Dilma Rousseff é que um era bêbado e o país todo o identificou como um grande farsante vendido ao álcool. O vício, o tóxico, nunca foram bons companheiros para líderes políticos.
Rumores dão conta de que o outro teria inclusive comemorado no hotel Ritz, em Nova York, o volume de US$ 1 bilhão do butim.
O que há de semelhante nos dois é que Jânio Quadros surgiu numa campanha em que o presidente que saía sofria violentos ataques. Até o compositor Juca Chaves fazia músicas irônicas afirmando que suas filhas dançavam em Versailles, na França. A UDN e sua banda de músicas entoavam cantos contra empreiteiras que construíram Brasília. Era uma forte campanha contra corrupção.
Collor, com o mesmo canto fazendo eco na mídia, denunciava corrupção no governo Sarney, época em que a inflação era de 1.000% ao ano. Ele era o caçador de marajás.
Marina Silva chega num momento em que o país está cansado de tantos escândalos. Escândalos que a grande mídia imagina que atingem o PT. Este, sem defesa, foi arrastado com o próprio governo.
Nenhum dos candidatos falava em nome do povo. Assim como os dois governos depostos, por renúncia e por impeachment, não representavam o povo.
Quem fala em nome do povo parece ser Marina Silva.
Se por uma infelicidade do país, o futuro Congresso tiver a mesma imagem que o atual tem para esse povo que pode eleger Marina, com certeza o povo estará ao lado dela, e o Brasil pode viver o pior de seus mundos.
Estas comparações em campo pejorativo só atingem o candidato quando ele tiver imagem de ladrão. A prova é que até a chegada de Marina, 30% do povo que hoje está com ela não sabiam em quem votar. Os candidatos que não falavam o que o povo quer ouvir e aqueles que não pareciam com o povo não tinham conseguido nada.
Também Aécio Neves, em seu programa imediatamente após as pesquisas, usou a ironia preconceituosa. “Marina também é uma pessoa boa, cheia de boas intenções, mas não conseguirá unir suas vontades com a vontade política.”
O que tudo nos faz acreditar é que o povo não quer a vontade de nenhum candidato. O que o povo quer é um candidato faça a sua vontade.