A Prefeitura de Camanducaia confirmou, nesta segunda-feira (26/6), que a pousada Chalé Aroma de Jasmim, onde um casal de São Paulo foi encontrado morto nesse sábado (24/6), não tem alvará de funcionamento. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais.
O local, que funcionava como casa de aluguel nos fundos de uma residência, também não seguia as regras dos meios de hospedagens regulares, segundo o executivo municipal. À reportagem do Estado de Minas, a Agência de Desenvolvimento de Monte Verde (Move) disse que o estabelecimento não está cadastrado na lista de acomodações oficiais da cidade.
A entidade destaca que as casas de aluguel não passam por fiscalização ou regulamentação, que garantem a segurança dos hóspedes. Ainda de acordo com a prefeitura, Monte Verde tem mais de 7 mil acomodações. "Cerca de 95% delas têm lareira e sistema de aquecimento, e nunca houve nenhum caso do tipo", disse por meio de nota.
Familiares suspeitam que o casal tenha morrido por intoxicação devido a uma lareira que ficava no quarto. No entanto, somente a perícia da Polícia Civil poderá confirmar a suspeita. Os laudos periciais podem ser concluídos em até 30 dias.
A reportagem não conseguiu contato com o responsável pelo Chalé Aroma de Jasmim. O espaço segue aberto para manifestações.
Casal é encontrado morto em pousada
Walther Reis Cleto Junior, de 51 anos, e a esposa, Alessandra Aparecida Campos Reis Cleto, de 49, se hospedaram no Chalé Aroma de Jasmim na tarde da última sexta-feira e foram vistos com vida às 18h do mesmo dia.
O proprietário do chalé relatou à Polícia Militar ter percebido que a bomba d'água do banheiro do quarto do casal seguia ligada após muito tempo e, por volta das 10h de sábado, ele bateu à porta, perguntou se estava tudo bem e não teve resposta.
Então, ele ligou para os telefones do casal e também não recebeu retorno. Aí decidiu usar uma chave reserva para entrar no quarto, onde se deparou com Walther e Alessandra caídos no chão.