Por G1 Triângulo Mineiro
O prefeito de Uberlândia Odelmo Leão (PP) completou nesta segunda-feira (10), 100 dias no comando. Para falar sobre a gestão, o político recebeu parte da imprensada cidade para fazer um balanço do primeiro trimestre e transmitiu a entrevista ao vivo, via Facebook. Durante a campanha de 2016, o então candidato não fez promessas de governo. Por isso, no papo de hoje a conversa foi para frisar o que já havia frisado, que o pleito seria para reconstruir a cidade nas áreas da educação, serviços urbanos, saúde e salários. Veja abaixo alguns trechos abordados.
Salários em atraso
Um dos assuntos mais cobrados durante os primeiros dias de mandato foi a questão dos salários dos servidores municipais atrasados . O prefeito agradeceu aos trabalhadores pela paciência em esperar mais de três meses para receber a remuneração de 2016 .
“Muito obrigado por ter paciência em esperar até agora, estou esperando o melhor caminho para saldar o que deve os senhores e as senhoras. Podia ter anunciado um prazo longo para pagar, mas não quero isso. Estou buscando a melhor alternativa que puder. Quem, deve paga e eu não furo o compromisso”, garantiu Odelmo.
De acordo com a Prefeitura, para quitar o débito com os servidores é necessário mais de R$ 70 milhões. Odelmo explicou que duas alternativas que estão sendo estudadas para conseguir os valores são: resgatar dinheiro do Instituto de Previdência Municipal de Uberlândia (Ipremu) e vender imóveis da Prefeitura.
Saúde
Na área da saúde, Odelmo contou que dos pagamentos que realizou no Executivo este ano, R$ 100 milhões foram para atender a saúde de Uberlândia. Das 180 cirurgias de fraturas que estavam pendentes para serem realizadas na rede pública municipal, estão pendentes 61.
A situação do Hospital e Maternidade Municipal de Uberlândia, que estava com dívidas e equipamentos parados devido à falta de manutenção, também foi debatida na entrevista.
“O Hospital Municipal já retomou as atividades. O que falta é um equipamento que para funcionar precisa de exportar e estamos aguardando isso”, explicou.
Sobre as Unidades de Atendimento Integrado (UAIs), o prefeito afirmou que os problemas não foram sanados, mas que como o Hospital Municipal está funcionando com mais qualidade aliviou o atendimento nas unidades integradas.
Além disso, Odelmo lembrou que o Executivo tem uma dívida de cerca de R$ 8 milhões como hospitais particulares e que busca autorização junto ao Ministério da Saúde para credenciar outras unidades hospitalares de Uberlândia para receber as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) que foram desabilitadas após o fechamento do Hospital Santa Catarina.
Educação
Odelmo também disse que durante os 100 dias de governo realizou muitas contratações emergenciais, entre elas na área da educação. Mas que mesmo com os contratados, o gestor comentou que faltam servidores nas escolas e que busca resolver o problema. O kit escolar, que deveria ser entregue para alunos da rede municipal, está atrasado porém, de acordo com o prefeito, será distribuído nos próximos dias.
Residencial Pequis
Com relação à habitação, cerca de duas mil casas do conjunto habitacional Pequis, que ainda não foram entregues para várias famílias, seguem sem previsão de data. Odelmo justificou que aguarda a Caixa Econômica Federal (CEF) entregar as construções das casas, creches e escola por completo. Além disso, estão sendo realizadas reformas em uma estação elevatória de esgoto que atenderá os moradores da região, para entregar as chaves aos sorteados.
Serviços urbanos
Ação conhecida como operação tapa-buracos foi considerada como emergencial no governo, segundo Odelmo Leão. O andamento das outras obras do município também foi debatido na entrevista. Nenhum prazo sobre as construções em andamento foi repassado pelo prefeito.
Uma dessas obras, por exemplo, é a do viaduto da Rua Olegário Maciel sobre a Avenida Rondon Pacheco que, de acordo com o prefeito, está sendo concluída.
Sobre as obras da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) do Bairro Minas Gerais, que estão atrasadas há quase dois anos, o prefeito justificou que aguarda valores do Estado.
Balanço final
Odelmo concluiu dizendo que não tem o que comemorar nos primeiros 100 dias e que pretende continuar reconstruindo Uberlândia com a ajuda da população. “Eu não prometo nada, meu compromisso é reconstruir a cidade com o povo de Uberlândia é isso que estou fazendo e vou fazer”, finalizou.