Capinópolis, Minas Gerais. A Prefeitura de Capinópolis anunciou, nesta terça-feira (11), que ficará fechada devido à interrupção dos serviços de internet e telefone, cortados pela operadora Algar Telecom. O motivo, segundo o comunicado compartilhado, é uma dívida que, segundo o prefeito Luciano Belchior, seria herança da gestão anterior, liderada por Cleidimar Zanotto.
A justificativa, porém, soa frágil quando se considera que Luciano Belchior está em seu terceiro mês de mandato – tempo suficiente para, ao menos, começar a resolver pendências básicas como essa. Em vez disso, a administração parece ter outras prioridades: a realização do Carnaval de rua, o Capim Folia, que mobilizou recursos e esforços da prefeitura enquanto serviços essenciais seguem sufocados.
As acusações do novo governo vieram rápidas – assim como as festas. O governo municipal já anunciou a Expocap 2025.
A ex-candidata a prefeita Caroline Bernardelli, conhecida como Carol, não poupou críticas. Ela trouxe à tona um detalhe que escancara o contraste: os gastos da prefeitura com salgadinhos ultrapassaram R$ 186 mil. Na verdade, o gasto com lanches ultrapassa R$300 mil. Veja:
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Atualização:
Nesta quarta-feira (12 de março), os alunos do CEMEI foram dispensados mais cedo por falta de água na instituição. A prefeitura limitou-se a um silêncio ensurdecedor, sem oferecer explicações ou soluções.
Luciano Belchior chegou ao poder prometendo mudanças e distribuindo cargos – uma estratégia que o levou a derrotar nomes de peso, como a ex-prefeita Dinair Isaac. Três meses depois,o que se vê é uma administração que patina em resolver problemas básicos, mas não hesita em celebrar o Carnaval.
A dívida com a Algar Telecom, a falta de água nas escolas e o fechamento da prefeitura são sintomas de uma gestão que parece mais preocupada com a própria imagem do que com o bem-estar da população.
Resta saber até quando as festas vão sustentar a paciência dos capinopolenses.