A prefeitura de Belo Horizonte fechou o ano de 2017 com um déficit orçamentário de 319 milhões de reais. Porém, começou o ano de 2018 com 70 milhões de reais em caixa. O secretário municipal de planejamento, orçamento e gestão, André Reis, explicou que o déficit é resultado de despesas exercidas no ano de 2017, das quais, a arrecadação foi feita em anos anteriores.
Ele explica que o orçamento é calculado anualmente, por esse motivo, o que foi gasto em 2017 entra no cálculo do ano, mesmo que a verba pata tal despesa tenha sido recebida em ano anterior. Por isso gera esse déficit. Quanto aos 70 milhões em caixa, o secretário explicou que esse valor é referente ao que o município tinha em caixa no fechamento do ano.
O secretário municipal de fazenda Fuad Noman, contou que esse valor já é maior agora uma vez que o município já arrecadou tributos em 2018. Em comparação com 2016, a receita total do município de Belo Horizonte caiu 5,2%. Noman afirmou que essa queda se deve ao fato de a prefeitura não negociou nenhuma receita extraordinária, como por exemplo os depósitos judiciais, manobra que foi utilizada em 2016 pela gestão anterior.
O secretário de fazenda explicou que apesar de ter tido queda na receita ordinária, a receita tributária de Belo Horizonte cresceu cerca de 6%. Segundo ele esse crescimento é resultado dos esforços da gestão atual prefeitura, como a reforma administrativa e a revisão de contratos por exemplo.
As declarações foram dadas em entrevista coletiva à imprensa na manhã desta sexta (23) na Prefeitura de Belo Horizonte, na região Centro-Sul da cidade.
Questionado sobre arrecadação de impostos, o secretário de fazenda Fuad Noman disse que o Estado está em atraso com o repasse do IPVA. Segundo o secretário, no ano passado, na mesma época, o município já tinha recebido cerca de 250 milhões de reais relativos ao IPVA. A realidade atual é um repasse de apenas 120 milhões. A reportagem entrou em contato com o governo, mas ainda não recebeu nenhuma resposta.