A Prefeitura de Três Corações, no Sul de Minas Gerais, começou a receber, nesta quarta-feira (9), propostas de empresas interessadas em fornecer 40 caixões para o município. Mas eles devem ser no tamanho para sepultar “gordo, baleia”, termos que constavam no edital e causaram polêmica na cidade.
A prefeitura alegou ter usado termos técnicos quando se referiu ao tamanho e se desculpou caso tenha ofendido algum cidadão. Pessoas que trabalham no setor dizem que hoje as medidas dos caixões são definidas como nas roupas, em formatos G, GG ou Extra G.
“Essa nomenclatura provém dos próprios fabricantes de urnas, tratando-se de terminologia regular e comum no meio funerário. Vários órgãos federais, estaduais e municipais utilizam-se dessa denominação, inclusive a Marinha do Brasil a utilizou em seu Pregão nº 023/2017”, escreveu a prefeitura em nota.
O edital foi publicado na última terça-feira (8) e os termos pejorativos foram usados para se referir a urna funerária maior que tem as medidas de 90 centímetros de comprimento, 40 de altura e 60 de largura.
Leia a nota da prefeitura na íntegra:
A Poder Executivo de Três Corações esclarece que os termos “gordo, baleia”, utilizados no processo Licitatório de Serviço Funerário, referem-se aos tipos e denominações de urnas e não guardam quaisquer referências pejorativas ao peso das pessoas que a utilizarão.
Essa nomenclatura provém dos próprios fabricantes de urnas, tratando-se de terminologia regular e comum no meio funerário. Vários órgãos federais, estaduais e municipais utilizam-se dessa denominação, inclusive a Marinha do Brasil a utilizou em seu Pregão nº 023/2017.
Dessa forma, o Poder Executivo de Três Corações nunca teve o intuito de ofender ou causar constrangimento a qualquer pessoa, agindo estritamente dentro dos limites legais.
Contudo, caso qualquer cidadão tenha se ofendido, receba nesta oportunidade, formalmente, o pedido de desculpas do Município que, para evitar futuros transtornos, procurará outros fornecedores que se utilizem de nomenclaturas politicamente corretas, obviamente respeitando o princípio licitatório da busca pelo menor preço.