Um dia de escolhas difíceis. Foi isso o que um corpo de jurados especial viveu nesta segunda-feira (5) durante a eleição dos representantes de diversas categorias do Prêmio Bom Exemplo 2018. O projeto, que é uma iniciativa do jornal O TEMPO, da TV Globo Minas, da Fundação Dom Cabral (FDC) e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), há nove anos joga luz aos nomes que se destacaram em ciência, cultura, economia e desenvolvimento de Minas, educação, esportes, inovação, meio ambiente e cidadania, além de selecionar a personalidade e o homenageado do ano.
Durante o evento realizado na sede da FDC, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, os participantes debateram as contribuições de cada um dos indicados para uma sociedade mais cidadã. Cada um deles levou em consideração uma série de fatores que fazem com que uma pessoa ou organização mereça a premiação.
Os presentes destacaram o quanto é importante haver todo esse reconhecimento. Marcelo Ligere, diretor regional da TV Globo Minas, ressaltou, inclusive, a relevância das ações que podem parecer pequenas, mas que têm um real impacto social. “A gente tem tanta coisa bacana, tantos exemplos, que é difícil escolher. O mais importante é que quanto mais bons exemplos a gente recebe aqui, mais a gente fica alegre no sentido de saber que há várias pessoas fazendo boas ações. Na verdade, o que a gente vê é que não são ações grandiosas que fazem a diferença, mas ações simples, do dia a dia. Esse é o momento em que a gente descobre quanta coisa legal a nossa sociedade está fazendo”, destacou ele.
Marina Medioli, vice-presidente da Sempre Editora, empresa responsável pelos jornais O TEMPO, O Tempo Betim, O Tempo Contagem, Super Notícia e Pampulha, além da rádio Super Notícia FM, frisou como ações especiais podem ser responsáveis por mudanças verdadeiramente significativas e de que forma o prêmio contribui para o fortalecimento das pessoas e dos bons exemplos. “A gente dá luz às pessoas para conseguir expandir o trabalho que elas fazem e aumentar ainda mais o impacto positivo que elas geram na sociedade”, disse.
Antônio Batista da Silva Junior, presidente executivo da FDC, por sua vez, revelou como é agradável estar em contato com histórias de indivíduos que estão empenhados em promover ações que gerem excelentes resultados. “O prêmio é um projeto vitorioso que a sociedade mineira abraçou. Há muitos anos que a gente realiza a eleição de iniciativas que reúnem cidadania, compartilhamento, doação… É uma surpresa sempre muito agradável ver o que os cidadãos trazem a cada ano para nós”, comentou.
Mais do que mostrar o que muita gente está fazendo em benefício do próximo, o Prêmio Bom Exemplo, por meio do destaque daquilo que tem sido feito de relevante, também promove uma reação em cadeia de pessoas que se sentem inspiradas pela generosidade das outras. Fernando Alves, diretor executivo da Rede Cidadã, lembrou como todos podem ser responsáveis por transformações no mundo. “Nós acreditamos que o Prêmio Bom Exemplo traz em seu próprio nome o seu conceito fundamental. Nós precisamos fazer a demonstração ética do que são as boas práticas de cidadania. O prêmio traz a grande inspiração para que cada pessoa com aquilo que ela é, com aquilo que ela tem de mais caro, inclusive que é o seu tempo, possa ser voluntária, contribuindo com aquilo que ela tem para transformações. Todos podemos transformar a realidade com a prática dos bons exemplos”, falou.
Cidadania
Próxima etapa. Cinco nomes indicados pelo público também foram escolhidos pelos parceiros do Prêmio Bom Exemplo 2018 e um corpo de jurados especial. Eles serão conhecidos na primeira semana de abril e irão para votação popular. O nome do grande campeão desta edição será anunciado em maio, durante evento em Belo Horizonte.
Conheça os finalistas
Cultura. Nil César. Coordenador do coletivo de teatro e espaço cultural Grupo do Beco, no Morro do Papagaio, onde transforma a realidade local por meio de diversas atividades.
Economia e Desenvolvimento de Minas. Rubens Menin. Graduado em engenharia civil pela UFMG, tem sua carreira profissional dedicada ao Grupo MRV, onde ocupa o cargo de presidente do Conselho de Administração.
Educação. Odair Nunes de Almeida. Diretor da Escola Estadual Antônio Corrêa e Silva, na comunidade quilombola remanescente de Quilombo Alegre, em Januária, no Norte de Minas. A instituição é reconhecida por seu trabalho de inclusão.
Inovação. Rochel Monteiro Lago. Doutor em química inorgânica e professor da UFMG, coordena também o projeto IARA, que tem por objetivo tratar água de rios contaminados por acidentes ambientais.
Ciência. Ado Jório de Vasconcelos. Professor titular do Departamento de Física da UFMG, foi incluído na lista “Highly Cited Researchers, da Thomson Reuters, sendo considerado um dos cinco cientistas brasileiros mais influentes do mundo.
Meio ambiente. Alice Lorentz de Faria Godinho. Ativista e defensora das águas e do verde do Vale do Mucuri. Ganhou vários prêmios ligados às causas ambientais.
Esporte. Projeto Transformação. Coordenado pela ex-jogadora Ana Flávia, é uma associação que tem como pilar principal o voleibol para crianças e adolescentes na comunidade do Vila Estrela (Morro do Papagaio).
Personalidade do ano. Elza Machado de Melo. Graduada em medicina pela UFMG, é fundadora do Ambulatório de Práticas de Promoção de Saúde da Mulher em Situação de Violência e Vulnerabilidade/HC – Para Elas.
Homenageado do ano. Artur Almeida. Morto no ano passado vítima de uma parada cardiorrespiratória, o jornalista trabalhou durante muitos anos na TV Globo e apresentou as oito edições do Prêmio Bom Exemplo.