O presidente da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), Flávio Henrique Alves de Oliveira, de 49 anos, morreu às 7h30 de hoje (18) em Belo Horizonte. Músico, produtor e compositor, ele estava internado desde o dia 11 no Hospital Mater Dei, onde foi diagnosticado com febre amarela. Em nota, a rede hospitalar confirmou que a morte resultou de uma complicação derivada da doença.
Segundo dados da Secretaria de Saúde de Minas Gerais divulgados ontem (17), de julho do ano passado até o início deste ano, foram confirmados 22 casos de febre amarela no estado, dos quais 15 pacientes morreram – 46 casos continuam sob investigação. A maior prevalência é entre pacientes do sexo masculino (95,5%), que totalizam 21 das ocorrências.
Flávio Henrique Alves de Oliveira tinha mais de 180 músicas gravadas, repertório construído na companhia de nomes como Paulo César Pinheiro, Chico Amaral, Milton Nascimento e Toninho Horta. Em sua carreira, lançou um DVD e oito CDs autorais, sendo Zelig o mais recente, de 2012. Ele era integrante do quarteto Cobra Coral, em que ficava entre o microfone, as cordas do violão, o piano e o teclado.
A Empresa Mineira de Comunicação foi criada no ano passado, quando passou a administrar a Rádio Inconfidência e a Rede Minas. Fundada por Tancredo Neves, a Rede Minas é uma emissora pública que distribui conteúdo a 765 municípios mineiros, por meio de estações retransmissoras, de prefeituras e de 50 TVs educativas afiliadas.
A Secretaria de Cultura de Minas Gerais prestou condolências à família do músico, referindo-se a ele como “uma pessoa leal e digna”. “Seu sorriso, seu jeito carinhoso, sua dignidade e sua música ficam marcadas em nossa memória e em nossos corações”, escreveu a pasta em um recado em que destaca que, em breve, informará detalhes sobre o velório e o enterro.
O falecimento também foi lamentado pelo secretário estadual de saúde, Sávio Souza Cruz, que destacou o caráter íntegro, o profissionalismo e a dedicação da Flávio Henrique Alves de Oliveira.
Agência Brasil