Está internado no Hospital de Pronto Socorro João XXIII um presidiário de 31 anos que engoliu cinco celulares, dois carregadores e uma bateria. O detendo começou a passar mal nessa quinta-feira (17) no presídio de Formiga, na região Centro-Oeste do Estado.
De acordo com o clínico geral Vladimir Moreira, responsável pelo atendimento médico, o homem deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade por volta das 10h.
“O paciente estava acompanhado dos agentes penitenciários. Ele estava retornando para o presídio, os agentes desconfiaram e logo depois ele começou a passar mal. Na UPA, contou que havia engolido cinco celulares pequenos, dois carregadores e uma bateria”, explicou o médico.
Durante o atendimento, o preso teve náuseas, vomitou e se queixou de dores abdominais. Ele foi levado para a sala de raio X, onde foi confirmada a presença dos equipamentos na barriga dele.
Sendo, inclusive, possível visualizar os cabos dos carregadores. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi acionado e o detento transferido para a capital mineira.
“Devido ao risco de obstrução e pela contaminação da bateria, solicitei a transferência para o João 23. O paciente já estava com sintomas e poderia ter uma obstrução intestinal. Era necessário uma cirugia de urgência”, contou o clínico.
A assessoria de imprensa da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), responsável pelo Hospital de Pronto Socorro João XXIII, se recusa a passar informações do estado de saúde de pacientes.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) afirmou que o caso foi descoberto após o trabalho de inteligência e monitoramento dos detentos que voltavam do benefício de saída temporária concedido pela Justiça pelo Dia das Mães.
Ainda conforme o comunicado, o preso foi transferido porque as unidades locais de saúde não conseguiram realizar os procedimentos necessários. O preso segue internado em Belo Horizonte sob escolta.
Atualizada às 11h52