Atualizado em 14/09 às 16h5m
SANTA VITÓRIA, MINAS GERAIS – Nesta quarta-feira (13), a Polícia Civil (PCMG) cumpriu mandado de prisão (extensão da prisão) em desfavor de quatro homens que já se encontram presos. Eles são acusados de abusar sexualmente de um colega de cela, de 32 anos, e o motivo do crime estaria ligado à coação. Segundo as investigações da PCMG, um dos suspeitos teria aliciado a esposa do colega de cela para ela entrasse com drogas no presídio. Porém, como ela foi surpreendida por agentes penitenciários, o casal estaria sendo ameaçado para que a mulher do preso estuprado mudasse o depoimento dela em benefício ao preso que solicitou a droga.
Foram indiciados Leonildo Batista da Silva, 35 anos, conhecido como “Timba”; Hermes Pereira de Oliveira, 31, o “Neguin”; Rafael Silva Souza, 23, e Alex Batista Silva, 25. De acordo com o Delegado Cleiton Costa Viana, responsável pela investigação, a droga entraria no presídio a mando de Leonildo. “Como a mulher confessou à polícia toda a situação, Leonildo passou a ameaçar ela e o marido, que estava preso na mesma cela em que o suspeito para que mudar a versão dela”, conta o delegado ao se referir sobre a audiência referente ao processo de tráfico de drogas que será nos próximos dias.
O que chamou atenção da equipe de investigação é que a vítima solicitou por algumas vezes que fosse levada ao hospital para atendimento médico, sem dizer exatamente o que havia ocorrido. No decorrer dos levantamentos, a PCMG apurou que o homem foi estuprado pelos colegas de cela como forma de intimidação. O fato ocorreu na madrugada do dia 21 de agosto. “Leonildo abordou a vítima, e, contando com a ajuda dos demais suspeitos, estuprou a vítima”, detalha Viana.
Na data dos fatos, a vítima chegou a acionar os agentes e foi transferida de cela, completa o delegado. “Ouvida pela Polícia Civil, a vítima confirmou ter sido estuprada e qual teria sido a motivação, e, ao ensejo, acrescentou que mesmo em outra cela Leonildo continuava com as ameaças”, assinala. Diante dos fatos, o delegado representou pela prisão preventiva dos suspeitos, sendo deferida pela Justiça e cumprida pela PCMG.