A produção industrial brasileira cresceu 0,5% em fevereiro, na comparação com janeiro. Foi a segunda alta seguida. Com o resultado da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta quarta-feira (1) pelo IBGE, a atividade industrial acumula crescimento de 1,6% nos dois primeiros meses do ano.
Dentre os 26 ramos pesquisados, 15 mostraram resultados positivos. Destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias e outros produtos químicos, ambos crescendo pelo segundo mês seguido. Também contribuíram para o resultado da pesquisa de fevereiro: produtos alimentícios, celulose, papel e produtos de papel, farmoquímicos e farmacêuticos e borracha e material de plástico.
O gerente da pesquisa, André Macedo, explicou que o resultado do começo do ano foi impulsionado pelo bom desempenho de automóveis e caminhões, depois da perda do ano passado com as férias coletivas em novembro e dezembro.
Entre os ramos que tiveram recuo na produção, o principal foi coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que interrompeu três meses de expansão e caiu em fevereiro. Também impactaram negativamente na produção industrial os ramos de equipamento de informática, eletrônicos e ópticos e outros equipamentos de transporte.
Para André Macedo, a queda no setor de informática, pode ter influência da pandemia do novo coronavírus, principalmente aqueles que trabalham com matéria-prima importada da China, como é o caso da informática.
Com relação a fevereiro de 2019, a produção industrial caiu 0,4%, o que representa o quarto mês de resultado negativo seguido na comparação entre anos.
Entretanto, segundo o IBGE, fevereiro teve a menor queda do período. Assim, o acumulado de janeiro e fevereiro de 2020 frente ao mesmo bimestre de 2019 é de -0,6%.
Já o acumulado dos últimos 12 meses da produção industrial apresenta recuo de 1,2%.