Um professor do Triângulo Mineiro participará do projeto argentino que irá escavar, restaurar e estudar a tumba de um egípcio da nobreza.
Fábio Frizzo, 35 anos, é professor de história na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), campus Uberaba, e foi convidado à participar do Projeto Amenmose pela diretora da missão. A professora Andrea Zingarelli, egiptóloga da Universidad Nacional de La Plata (UNLP), da Argentina formalizou o convite ao professor Frizzo.
O projeto de escavação será iniciado em Janeiro de 2020 e escavará a tumba do egípcio identificado como Amenmose. O nobre viveu entre 1479 e 1458 antes de Cristo.
Para o professor Frizzo, sua participação no projeto coloca a UFTM em um contexto internacional de pesquisas egiptológicas.
“Até então, meu trabalho sobre a antiguidade egípcia partia basicamente de fontes escritas e arqueológicas publicadas por egiptólogos que trabalharam em campo. Como no Brasil não temos uma forte tradição egiptológica, ao contrário de alguns países da Europa e dos Estados Unidos, não há uma formação específica para esta carreira. Os interessados em estudar o Egito antigo aqui no Brasil acabam saindo das formações universitárias em História ou Arqueologia, sendo as primeiras muito mais numerosas que as segundas”, disse o professor à reportagem do G1.
A tumba de Amenmose
A tumba fica na cidade de Luxor, no Egito. Na época, era a região da cidade de Tebas, que serviu por muito tempo como a capital do Egito faraônico.
Amenmose era responsável pela construção da Necrópole Real de Tebas, onde eram enterrados os faraós naquele período.