Uma mulher de 39 anos e as duas filhas dela viveram momentos de muito desespero ao serem presas por um professor de 43 anos, marido e pai das vítimas, dentro de um quarto onde ele ateou fogo, na manhã desta sexta-feira (2).
Segundo a Polícia Militar, era por volta de 6h da manhã quando o suspeito fechou a família em um quarto da casa e ainda utilizou uma motocicleta para travar mais a porta e evitar que as mulheres saíssem. O crime chocou a população de Januária, no Norte de Minas.
Ainda segundo a polícia, apesar de toda a família ter morrido e não se saber precisamente o que ocorreu, o pai é suspeito pelo crime pela dinâmica em que os corpos foram encontrados carbonizados e pela motocicleta dele ter sido colocada travando a porta do lado de dentro do quarto. Não havia sinais de arrombamento na casa. O homem teria ateado fogo primeiro na família e depois nele mesmo.
Para a polícia, ainda é um mistério o que teria motivado o suspeito a dar fim à vida da própria família, mas existe a suspeita que a mãe queria terminar o relacionamento e o homem não aceitava. Por esse mesmo motivo um pai deu fim a vida da filha de 5 anos em Sete Lagoas, na região Central de Minas, na última quarta-feira (28). O suspeito amarrou a criança em uma cadeira e colocou fogo na casa, ele queria se vingar da mãe da pequena. A menina morreu carbonizada na casa, o pai chegou a ser socorrido, mas também morreu.
No caso de Januária, toda família foi encontrada carbonizada pelo Corpo de Bombeiros. Os corpos dos adultos estavam em cima da cama. A adolescente de 17 anos foi encontrada dentro do guarda-roupas. Já a menina de 11 anos estava caída entre duas camas.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por vizinhos da família que viram o incêndio. As chamas destruíram o quarto da casa por completo. A cozinha e sala do imóvel foram levemente atingidas. Os bombeiros demoraram cerca de 40 minutos para conter o incêndio.
Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal de Januária onde será feito laudo de necropsia que vai ajudar a entender a ordem cronológica das mortes. A Polícia Civil vai investigar o caso.