Professores da rede estadual de educação começam nesta sexta-feira (9) uma greve de uma semana. A suspensão das aulas foi confirmada na quinta (8), em encontro da categoria no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), e vai até 15 de março, quando vai haver nova reunião da categoria.
Segundo a coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG), Beatriz Cerqueira, entre as reivindicações da categoria estão o pagamento do piso salarial nacional e o fim do parcelamento dos salários e do 13º. A categoria reivindica ainda atendimento de qualidade no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).
A paralisação foi discutida pela manhã entre o conselho do sindicato e, à tarde, com cerca de 5.000 trabalhadores. “A expectativa é que o governo nos apresente uma proposta até 15 de março, principalmente com relação ao piso”, informou.
Beatriz explicou que o piso da categoria no Estado hoje é de R$ 1.982 (para 24 horas semanais), menor que o nacional, de R$ 2.455 (para 40 horas semanais). A sindicalista reclama que, em 2015, o Estado se comprometeu, por meio de lei estadual, a implantar o teto nacional em Minas, o que ainda não foi cumprido.
Outro lado. A Secretaria de Estado de Educação informou, em nota, que se reuniu na manhã de quinta-feira com o sindicato. O governo reiterou sua intenção de valorizar os trabalhadores e de cumprir o acordo assinado em 2015 em sua totalidade. Além disso, o Estado reafirmou na quinta-feira o compromisso com a implantação do piso nacional do magistério, em carta endereçada aos trabalhadores da Educação.
O Estado ainda prometeu os seguintes pontos: o pagamento em oito parcelas do saldo da correção do piso nacional de 2016 (referente aos meses de janeiro a março de 2016) a partir de abril de 2018 e a retomada das nomeações de novos servidores (seriam até 60 mil funcionários).