Os professores da rede municipal de educação infantil de Belo Horizonte decidiram entrar em greve a partir do dia 23 de abril. Já os professores do ensino fundamental vão cruzar os braços a partir de 9 de maio. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (5) em assembleia da categoria. De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-rede), Wanderson Rocha, os professores da educação infantil reivindicam equiparação salarial com os do ensino fundamental, além da manutenção dos empregos de 8.000 trabalhadores da Caixa Escolar.
De acordo com Rocha, há 6.000 professores na educação infantil e 12 mil no ensino fundamental. “Por vários governos, a educação infantil não tem o investimento e a valorização adequados. Recebem aproximadamente R$ 1.000 a menos e têm as mesmas qualificação e formação”, disse.
Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que espera da categoria o envio do complemento da pauta de reivindicações para o ano. Em relação à unificação das carreiras de ensino fundamental e educação infantil, o Executivo afirmou que avanços estão previstos em Projeto de Lei que tramita na Câmara.
Sobre os trabalhadores da Caixa Escolar, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) garantiu que irá manter os contratados e assegurar as mesmas condições salariais.
Rede estadual. Em greve desde 8 de março, os trabalhadores em educação da rede estadual de ensino fizeram nesta quinta-feira uma marcha pela avenida Amazonas desde Contagem, na região metropolitana da capital, até a praça da Liberdade, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Cerca de 300 pessoas participaram do ato, que teve como principais reivindicações o pagamento do piso nacional; o fim do parcelamento dos salários e do 13º; o cumprimento dos acordos assinados pelo governo e um atendimento de qualidade pelo Ipsemg. Desde o início da greve, quase meio milhão de alunos já ficaram sem aulas em Minas Gerais.
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que está acompanhando diariamente o andamento da adesão ao movimento e reafirmou que cumpriu a maioria dos itens do acordo de 2015, além de estar aberta a “soluções que tenham viabilidade legal e contribuam para o cumprimento na íntegra do acordo” com os trabalhadores.