Professores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba, entrarão em greve a partir desta terça-feira (18). A informação foi repassada pelo presidente da ADUFTM-SSIND (Associação dos Docentes da Universidade Federal do Triângulo Mineiro-Seção Sindical do Andes), Fernando Seiji da Silva. Na tarde desta segunda-feira (17), os educadores realizaram assembleia em que ocorreu votação sobre a adesão, que terminou com 63 votos favoráveis, 32 contras e sete abstenções.
O impacto do corte de verbas governamentais para a instituição foi o estopim para a paralisação. O G1 entrou em contato por telefone com a assessoria da UFTM, que aguarda posicionamento da reitoria sobre quais medidas devem ser adotadas.
De acordo com Fernando Seiji, a paralisação passa a valer nesta terça-feira (18). Na mesma data, será definida comissão para montar planejamento grevista que preserve 30% dos serviços essenciais do Hospital de Clínicas, onde estudantes realizam aulas práticas.
“A nossa principal reivindicação é pela qualidade do trabalho, pois a universidade vem sofrendo cortes sistemáticos no orçamento e com isso a operacionalidade da universidade fica comprometida. Está faltando materiais para as aulas práticas aos alunos e para o atendimento básico à população. Com a implantação dos cortes futuros, nós funcionários nãos sabemos até quando teremos condições de oferecer o mínimo de 30% de serviços básicos à população”, destacou.
De acordo com a universidade, o índice de repasse do Ministério da Educação (MEC) tem sido entre 30% e 70% do valor que deve ser pago pela UFTM aos fornecedores. O déficit chega a R$ 3 milhões. O orçamento da UFTM, que estava previsto em R$ 56.180.071, foi contingenciado para R$ 41.556.375 por causa do arrocho financeiro adotado pelo Governo Federal. O MEC informou que repassa, mensalmente, 1/12 do orçamento previsto às universidades.
Técnicos-administrativos em greve
Os servidores técnico-administrativos da UFTM entraram em greve em 28 de maio. O grupo requer melhorias quanto a política salarial, regulamentação da jornada de trabalho para o máximo de 30 horas, paridade salarial entre ativos e aposentados, extinção do fator previdenciário, dentre outras solicitações.