Os professores das unidades municipais de educação infantil (Umeis) de Belo Horizonte fizeram uma manifestação nesta manhã (06) na feira Hippie, no centro da capital, reivindicando equiparação salarial com os professores da Rede Municipal de Educação. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede-BH), cerca de 60% da categoria está parada. A categoria está em greve desde o último dia 23 e, na semana passada, rejeitou a proposta do Executivo municipal de aumento de cerca de 20%. Uma nova assembleia foi marcada para o dia 10 de maio.
Para o diretor sindicato, Wanderson Rocha. a carreira da educação infantil foi criada de forma precarizada. De acordo com o diretor do Sind-Rede-BH, neste domingo, a manifestação reuniu cerca de 500 pessoas. A PM, no entanto, não divulga números de protestos. “É um espaço que passam milhares de pessoas de Belo Horizonte. A ideia era divulgar a greve, mostrar as reivindicações e também mostrar que a proposta da prefeitura não atende a pauta das professoras da educação infantil. Percebemos que a população apoia e reconhece nossa luta”, destacou Rocha.
Entre as principais reivindicações da categria, está a equiparação da carreira com a de professores do ensino fundamental. De acordo com o Sind-Rede um professor do ensino básico recebe R$ 1.451,00 mensais por 22,5 horas semanais de trabalho. Já os professores do ensino fundamental tem rendimentos de R$ 2.200,00 por mês pela mesma carga horária. “Esperamos que até a nova assembleia, o prefeito tome alguma postura de voltar a negociar com os professores. Queremos chegar a um denominador comum. Existe uma dívida social na cidade quando se criou a carreira dos professores infantis em Belo Horizonte. Passados, 14 anos, é justo a cidade valorizar esses profissionais que garantem a qualidade da educação”, pontuou Wanderson Rocha.
Negociação. A Prefeitura propôs na última quarta-feira (2) reajustes que vão até 20% para os educadores e alega que não tem condições financeiras de atender a demanda da categoria. Na proposta, o executivo também propôs a retomada do Projeto de Lei 442, que prevê melhorias na carreira. Pelo projeto, professoras com nível superior que assumiram recentemente seus cargos saltariam do nível 1 para o 4. A carreira de docentes da Prefeitura de BH tem 24 níveis.
Em nota, o executivo destacou ainda que a proposta estava condicionada ao retorno imediato das aulas e que novas negociações podem ser agendadas após o retorno das aulas. A Prefeitura informou que a reivindicação dos professores acarretaria um aumento de 55% no salário e impacto de R$ 80 milhões por ano aos cofres públicos.
Ensino Fundamental. Uma paralisação dos professores do Ensino Fundamental está marcada para o próximo dia 09 de maio. A categoria pede o pagamento do piso salarial.