Professores de escolas e universidades particulares se reuniram na tarde desta quinta-feira (26) na porta do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na avenida Getúlio Vargas, no bairro Funcionários, na região Centro-Sul de Belo Horizonte para acompanhar o resultado de uma audiência de conciliação entre os sindicatos Sinpro-MG e Sinep, que representam, respectivamente, os docentes e os donos das instituições de ensino.
Segundo o Sinpro-MG, mais de trezentos professores compareceram à porta do TRT. No local, eles fizeram um protesto com faixas e cartazes sobre a greve iniciada nessa quarta-feira (25).
O protesto foi acompanhado de perto pela Polícia Militar (PM). Os professores ocuparam a avenida Getúlio Vargas, no sentido bairro, mas somente nos momentos em que o semáforo em frente ao prédio do TRT estava fechado.
Dessa forma, os manifestantes não impediram o fluxo do trânsito no local. Muitos motoristas que passavam pelo protesto, inclusive, buzinaram em apoio aos professores.
Entre os motivos da paralisação estão as mudanças propostas pelo Sinep na convenção coletiva da categoria, como o fim da concessão de bolsas de estudo para os filhos dos docentes e do adicional por tempo de trabalho, além da extinção dos intervalos de 15 minutos após a conclusão de três horas-aula. A categoria também cobra aumento salarial de 4,75%, enquanto o sindicato das empresas oferece 1%.
Segundo o Sinpro-MG, mais de 50 instituições de ensino em BH e região metropolitana não tiveram aulas nesta quinta por causa da greve.
“Esse número ainda está crescendo. Muitos professores aderiram. Com essa mobilização, mostramos que estamos unidos pela luta dos nossos direitos. Além disso, os pais e os próprios alunos nos apoiam valorizando os nossos professores”, destaca Clarice Barreto, vice-presidente do Sinpro-MG.
Na tarde desta quinta, a categoria vai se reunir novamente na praça da Assembleia, por volta de 16h, para decidir pela continuidade ou não da greve.