Nova York, 18 mai (EFE).- Protagonista de “Orange Is The New Black” (OITNB), Taylor Schilling afirmou ver parte de si mesma “em todos os aspectos de Piper”, sua personagem na premiada série que estreia sua terceira temporada dia 12 de junho.
Criada por Jenji Kohan (da série “Weeds”) e baseada nas memórias da escritora americana Piper Kerman, a tragicomédia carcerária que já ganhou três prêmios Emmy é um dos conteúdos originais mais bem-sucedidos do “Netflix”.
A série mostra as desventuras de Piper Chapman, uma jovem que foi presa por tráfico de drogas.
“Seu entusiasmo, senso da sobrevivência, determinação e coragem” são algumas das qualidades com as quais Schilling se identifica com Piper, que, antecipou em entrevista à Agência Efe, continuará evoluindo ao longo desta esperada nova temporada.
“Piper está explorando a si mesma, está movida de um modo que nunca tinha estado, e continuará mudando muito rapidamente. Ela está em um ambiente que está a levando a se abrir e há muitas partes dela que estão emergindo”, disse, sentada junto com sua colega de elenco, Uzo Aduba, que interpreta ‘Crazy Eyes’.
Chapman, uma mulher de 30 poucos anos, criada no Brooklyn, deve fazer alianças com suas excêntricas companheiras para sobreviver ao duro dia a dia na prisão, muito marcado pelas anteriores experiências destas mulheres.
“Mas, além disso, ela é muitas outras coisas: é frouxa, insegura, mas ao mesmo tempo cheia de força, iria a qualquer parte para conseguir o que quer, às vezes é egoísta… Posso encontrar partes de mim mesma em todos os aspectos de Piper”, ressaltou Schilling.
Em pouco mais de três semanas os adeptos da série poderão continuar acompanhar, por 14 episódios, as andanças de Chapman que, como afirmaram suas protagonistas várias vezes, refletiu de forma muito fiel a realidade das prisões.
“Temos consciência de que criamos uma conversa (sobre as prisões de mulheres) que é interessante e as reações que chegam para nós é que há uma grande autenticidade nisso”, explicou a atriz.
“Quando li o roteiro pensava que era uma história muito emocionante, e durante a gravação da primeira temporada, talvez na metade ou no final, sentimos que estávamos muito unidos, que havia uma faísca de que estávamos criando algo muito especial”, destacou Schilling.
Outro dos horizontes que “Orange Is The New Black” explora é o da feminilidade, e reunindo experiências de mulheres tão desconcertantes como a personagem interpretada por Aduba, que terá mais presença nesta temporada.
“Uma série como esta fortaleceu minhas opiniões sobre o que pensava que uma mulher podia ser. Agora sei que há muitas nuances, muitas cores, e que é possível ser ao mesmo tempo forte e frágil. Uma mulher pode liderar e cuidar de si mesma em qualquer circunstância”, disse Aduba.
“Não acredito que se deva matar alguém para interpretar um assassino e estar confortável com isso. Deve-se buscar a intenção, e a intenção de todas essas mulheres é encontrar o amor e todo mundo é capaz de entender isso”, concluiu.EFE