Um grupo de 20 manifestantes tumultuou a entrada de um restaurante que seria de sociedade da mulher do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), na noite desta sexta-feira (28/04), para chamar a atenção contra o aumento das passagens da capital, cinco dias após o encarecimento de 33% das tarifas.
Houve queima de sinalizadores, hasteamento de cartazes e faixas, bem como cantoria e até mesmo confusão, com ativistas entrando no estabelecimento entre as mesas com pessoas jantando e se chocando com funcionários, que os expulsaram.
No dia 23 de abril as passagens sofreram reajuste. Nos ônibus convencionais o preço passou de R$ 4,50 para R$ 6. As linhas circulares e alimentadoras foram reajustadas de R$ 3,15 para R$ 4,20. Há movimentações na Câmara Municipal de Belo Horizonte para rever o reajuste e tramita ação popular no Tribunal de Justiça de Minas Gerais contra o aumento.
O grupo que se manifestou à frente do estabelecimento de luxo no Bairro de Lourdes, na Região Centro-Sul de BH, contava com 20 ativistas tocando instrumentos e lançando panfletos dentro de restaurante.
Nos panfletos, palavras de protesto e críticas ao prefeito como "Fuad Ladrão, revogue o aumento do busão", contra o reajuste de R$1,50 na tarifa principal. Após 30 minutos de ato, os ativistas deixaram o local, sem registro de pessoas feridas ou prejuízos materiais.
Os manifestantes reivindicaram a revogação "imediata" do aumento e abertura de nova licitação para o sistema de transporte coletivo da cidade, convocando um novo protesto para terça-feira (02/04), às 18h, na Praça 7.
A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a assessoria de imprensa da PBH e aguarda retorno sobre o ocorrido e o aumento das passagens.