Cinco homens foram presos, na madrugada de ontem, sob acusação de furtar pulsos de linha telefônica internacional da empresa Algar Telecom (CTBC) para habilitação de aparelhos. Um dos acusados é funcionário da empresa. Acredita-se que o prejuízo com a fraude gire em torno de R$110 mil somente nos últimos dias. A prisão aconteceu na rua Saldanha Marinho, no bairro Abadia, onde existe uma estação de radiobase de telefonia móvel e fixa da Algar Telecom. Dos cinco presos pela Polícia Militar, três tiveram suas prisões em flagrante ratificadas pela autoridade policial e dois foram liberados e serão investigados pela Polícia Civil.
O analista de telecomunicações da Algar Telecom S.F.S., 40 anos, acionou a Polícia Militar, por volta de 0h30, e relatou que há dias o serviço de inteligência da empresa vem monitorando atividade suspeita no local. Na madrugada de ontem, se deparou com dois homens no interior do terreno. Um deles foi detido e identificado como técnico em informática, S.M.A., 31. Em conversa com os militares, ele informou ser natural da cidade de Rio Verde (GO) e que está em Uberaba desde o dia 16, de onde foi convidado pelo pedreiro E.A.B., 28, o qual informou que fazia fraudes em serviços de telefonia e que pagaria R$500 para que realizasse alguns desses serviços.
Tais serviços, segundo o representante da empresa Algar Telecom, trata-se de furto de pulsos internacionais de clientes da empresa. Em seguida, o acusado informou que seu comparsa morava na rua Inglaterra, no bairro Boa Vista. Os militares chegaram ao local e se depararam com o suspeito E.A.B. e o técnico em telefonia F.A.S., 25, o qual estava em um veículo da empresa Algar Telecom. Com os dois foram localizados alguns aparelhos, como notebooks, modems e celulares.
A Perícia Técnica da Polícia Civil compareceu ao local onde existe a torre e lá encontrou 39 aparelhos telefônicos (todos conectados em linhas telefônicas), um notebook e um aparelho celular, onde estavam através de mensagens as explicações para o cometimento da fraude. Ainda de acordo com o representante da empresa Algar Telecom, a fraude começou às 20h16 e o grupo já havia furtado 5.975 minutos internacionais, avaliados em cerca de R$30 mil. Ele também disse que a fraude vinha ocorrendo há dias e que o prejuízo pode chegar a R$110 mil para a empresa. Tais pulsos seriam retirados das contas de clientes da telefonia fixa e móvel da Algar Telecom, que, depois que reclamavam, seriam ressarcidos pela empresa.
Os outros dois suspeitos que estavam em uma casa na rua Inglaterra são os pedreiros J.E.F.F., 41, e J.C.R., 28. Eles contaram à Polícia Militar que são da cidade de São Paulo, montam torres de telefonia e que tinham sido convidados pelo pedreiro E.A.B. para realização de alguns serviços.
Também na casa foi localizado um Ford Fusion, de propriedade do acusado S.M.A. Todos foram levados à presença da autoridade policial no plantão da 1ª DRPC/5º DPC-MG, onde S.M.A., E.A.B. e o funcionário da empresa Algar Telecom, F.A.S., tiveram suas prisões em flagrante ratificadas por furto de pulsos telefônicos e levados à penitenciária de Uberaba. Os outros dois foram ouvidos e liberados. A Polícia Civil instaurou inquérito na manhã de ontem. Não está descartada a participação de outras pessoas na fraude.
Jornal da Manhã