Filas gigantes nos postos de combustíveis, falta de mercadorias nos supermercados, logística das empresas e rotina dos brasileiros afetadas. Depois de quatro dias de greve, os efeitos da paralisação dos caminhoneiros nas rodovias do país se intensificam em diferentes setores da economia. Veja quais são os serviços mais afetados.
Postos de combustíveis
O efeito mais imediato foi sentido nos postos de combustíveis em todo o país. A situação elevou o preço do combustível nas bombas e vem levando os motoristas a filas enormes para tentar garantir o combustível nos veículos. Em Minas, um posto chega a vender o litro de gasolina a quase R$ 6.
Alimentação
Nem mesmo os alimentos perecíveis têm passado por alguns pontos de bloqueio. No Ceasa, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, não há mais estoque de ovos. Em Passos, no Sul de Minas Gerais, mais de 500 mil litros já foram jogados fora porque, com a falta de transporte o produto se perde em pouco tempo e não há como utilizá-lo.
Supermercados
Os produtos começam a falta também nas prateleiras dos supermercados. Em Belo Horizonte, o Carrefour colocou um aviso na entrada de algumas lojas da rede informando aos clientes que só será permitido a compra de cinco unidades de cada item.
A greve afeta também quem depende dos serviços da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A instituição anunciou nesta terça-feira que teve de suspender os serviços de postagens de encomendas com dia e hora marcados, como o Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje. Além disso, os Correios aumentaram o prazo de entrega de outros serviços, como Sedex comum, PAC e demais correspondências.
Farmácia
O abastecimento de medicamentos no país também vem sendo afetado, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). A preocupação maior é com os medicamentos chamados “termolábeis”, que precisam ser mantidos sob refrigeração.
Ônibus e aplicativos de transporte
A greve levou a BHTrans e Transcon a reduzirem o número de viagens dos ônibus nos intervalos fora do horário de pico.
Os motoristas dos aplicativos de transporte também são afetados pela alta dos combustíveis e se solidarizam com a manifestação dos caminhoneiros. Nesta manhã, os profissionais fizeram uma carreata em direção à a Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na região metropolitana de BH.
A Cabify informou que está estudando como balancear o impacto operacional dessa alta no preço do combustível em cada cidade sem que isso inviabilize a prestação de serviços por parte do motorista. As outras empresas também foram procuradas pela reportagem de O TEMPO, mas ainda não se posicionaram.
Aeroportos
As companhias aéreas temem a falta de combustíveis nos principais aeroportos brasileiros e também apresentam “plano de contingência”. O aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, é um dos que tem plano para falta de combustíveis para as aeronaves. Gol e Latam já anunciaram que irão isentar viajantes que remarcarem suas passagens.