Embora o número de casos diários de Covid em Minas Gerais tenha passado por uma discreta queda nas últimas semanas, a população não pode relaxar e deixar de lado as recomendações de distanciamento social. Isso porque a situação nos hospitais de Minas Gerais ainda é muito crítica.
Das 74 microrregiões com leitos de terapia intensiva na rede pública do Estado, 34 estão com a ocupação de UTI Covid acima ou igual a 90%. Quatorze delas estão com 100% desses leitos ocupados, ou seja, precisam transferir pacientes com quadros muito agravados em decorrência da Covid – entre elas, estão Contagem, Barbacena, Diamantina, Ituiutaba e Itaúna.
No total, são 2.559 pessoas internadas em UTI Covid da rede pública de Minas. Isso corresponde a 80,5% dos leitos de terapia intensiva reservados para pacientes com a doença pandêmica na rede SUS. A situação é mais grave nas macrorregiões de saúde Oeste, Nordeste e Centro Sul, conforme os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) apresentados neste sábado (15).
Mas de acordo com o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, as macrorregiões que mais demandam atenção são Sul e Triângulo do Sul, que estão demorando mais para melhorarem os índices relativos à Covid. Uma força-tarefa deve ser criada para analisar a situação nessas macrorregiões.
“Temos algumas regiões que estão tendo alívio, por apresentarem uma folga na capacidade assistencial. Saímos do momento de colapso, vivenciado há 50 dias, em que todo o estado estava na mesma situação ruim, o que não viabilizava transferência de pacientes entre macros. Voltamos ao patamar normal, em que o estado passa a ser heterogêneo de novo. Algumas regiões estão indo bem, com tendência de melhora. Outras estão estabilizadas”, afirmou o secretário de saúde durante coletiva na quinta-feira (13).