Quatro recém-nascidos morreram por infecção, na madrugada desta terça-feira (20), no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), em Uberaba. A bactéria que matou as crianças ainda é um mistério e os exames que vão identificá-lá já foram feitos, mas têm até 72 horas para ficarem prontos.
Uma preocupação é que em setembro do ano passado a vigilância sanitária realizou uma intervenção no HC-UFTM por causa de um surto de contaminação por superbactéria KPC. Em nota, o hospital disse que não há confirmação de KPC nestes óbitos.
“Não há, até o momento, elementos que confirmem infecção por KPC. O episódio de colonizações por essa bactéria ocorrido no ano passado não atingiu a UTI Neonatal e não há, neste momento, registro de pacientes com infecção por KPC no complexo hospitalar”, informou por nota.
Não se sabe tipo de infecção
A Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Superintendência Regional informou que foi notificada pelos óbitos e que as mortes teriam ocorrido, entre a noite de segunda-feira (19) e madrugada de terça (20). Porém ainda não se sabe o agente etiológico que causou as mortes.
“Esclarecemos que foram feitas as orientações para providências iniciais de investigação e averiguação dos casos, tendo sido já coletadas amostras pelo hospital para análises laboratoriais; a CCIH do hospital está acompanhando a situação e avaliando as demais medidas eventualmente necessárias”, informou a vigilância por nota.
Sem novos pacientes
O hospital informou ainda que enquanto o problema permanecer nenhum paciente será transferido para a UTI Neonatal. “Nenhum paciente será transferido. Todas as medidas ligadas à higiene, desinfecção e prevenção de contato estão sendo tomadas, em observância estrita aos protocolos da Comissão de Controle de Infecções Hospitalares do Hospital de Clínicas”, informou a unidade hospitalar.
As crianças que precisarem de atendimento serão direcionadas para o Hospital Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU da Uniube) que tem 19 leitos de Neonatal. Caso não haja vaga nesta unidade hospitalar serão procuradas vagas em outros hospitais da região que já foram avisados sobre o problema, de acordo com a prefeitura.
Fonte: O TEMPO