A Polícia Militar (PM) desmantelou uma quadrilha suspeita de envolvimento em desmanches de veículos, em no bairro Laranjeiras, em Betim, na região metropolitana, nesta quarta-feira (7). Três pessoas foram presas, inclusive, o casal proprietário de uma loja de vendas de peças usadas, e um menor de 17 foi apreendido.
De acordo com a PM, os militares chegaram ao local após receberem uma informação de que um veículo Fox, cor vermelha, estava estacionado em uma rua próxima do estabelecimento e que os ocupantes dele teriam deixado a chave do carro na loja. A abordagem policial foi feita e ficou constatado que o veículo foi roubado na noite dessa terça-feira (6), na cidade de Nova Lima, também na região metropolitana.
Segundo o tenente Leandro Sousa, do 66º Batalhão da PM de Betim, durante a abordagem no local, os militares foram até um galpão, que fica ao lado da loja, juntamente com o proprietário, e viram que o lugar servia como desmanche de veículos. “Na averiguação, haviam dois veículos já em fase de desmanche e várias peças diversas provenientes de outros carros roubados, conforme verificamos. Também percebemos que o Fox, que originou a ocorrência, era encomendado”, disse.
Ainda foram encontradas mais de 20 chaves de veículos que a PM suspeita ser de outros carros roubados. Antes de os militares terem acesso ao galpão onde acontecia os desmanches, o proprietário negou que vendia produtos roubados. “Ele disse que tinha notas fiscais das peças, mas não nos apresentou nenhuma”, afirmou.
Os proprietário da loja Tiago Gomes, de 31 anos, e a esposa dele, Graciele Gomes, de 32, foram detidos. Eles não quiseram dar entrevista, e o advogado deles disse que ainda estava levantando as informações.
A reportagem falou com os ocupantes de veículos. O suspeito Breno Ricardo disse “que não sabia de nada, que só pegou uma carona com o menor”. Mas no telefone dele, a PM encontrou mensagens de que outro carro, um Ideia, já havia sido roubado e entregue no local. Inclusive havia fotos desse veículo no celular. Ele disse que a mensagem era de outra pessoa, postada em um grupo de whatsapp.
Já o adolescente contou que iria apenas olhar uma peça de carro, e que, por isso, deixou o veículo na rua de cima. O menor disse ainda que alguns colegas dele pediram para olhar peças. Ele alegou que não sabia que o carro era roubado. Os suspeitos Breno e adolescente afirmaram que moram em Ibirité e ambos já têm passagens pela polícia.
A PM fechou e lacrou o local para a chegada da perícia. Os militares suspeitam que outras pessoas possam estar envolvidas no grupo. “Mas isso ficará a cargo de investigação da Polícia Civil”, completou o tenente Sousa.