UBERLÂNDIA, TRIÂNGULO MINEIRO – De acordo com publicação da Tv Integração, afiliada à Tv Globo, a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) investiga três casos de microcefalia no Estado de Minas Gerais – Um caso de microcefalia em um recém-nascido de Uberlândia está entre as investigações.
Testes estão sendo efetuados e ainda não há um laudo concreto se há alguma relação da má formação congênita com o Zika vírus.
O Zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite o vírus da dengue e febre chikungunya.
Em nota, a SES informou que a partir do dia 11 de novembro, o Ministério da Saúde estabeleceu que a microcefalia deveria ser tratada como evento de emergência de saúde pública, tornando obrigatória a notificação dos casos no país. A Secretaria, a partir desse período, notificou cinco casos no estado. Após essa notificação, iniciou-se um processo de investigação, conforme o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde.
A primeira etapa desse protocolo é um questionário de investigação da gestante. De acordo com as informações coletadas, é atribuído se essa gestante estava em situação de risco, ou seja, se ela estava em alguma área de transmissão do Zica vírus, ou se ela apresenta algum dos outros fatores associados à microcefalia, como o uso de substâncias químicas ou processos infecciosos, causados por bactérias ou vírus.
Dos cinco casos até o momento, foi descartada a possibilidade de associação ao Zica vírus em dois deles, e três permanecem em investigação, incluindo o paciente de Uberlândia. Além de Minas Gerais não ter confirmado casos de microcefalia associados ao Zica vírus, o governo garantiu que não há circulação do vírus no estado.
A microcefalia é uma malformação em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. Para crianças que nasceram com nove meses de gestação, é considerada doença quando o perímetro da cabeça é menor do que 33 cm – o esperado é que bebês tenham pelo menos 34 cm.
No Brasil, até o dia 28 deste mês, foram notificados 1.248 casos suspeitos de microcefalia em 311 municípios de 13 estados e no Distrito Federal.
A maior parte dos casos é causada por infecções adquiridas pela mãe, especialmente no primeiro trimestre da gravidez, que é quando o cérebro do bebê está sendo formado.
Toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus são algumas doenças que causam a microcefalia. Outros possíveis
causadores são abuso de álcool e drogas ilícitas na gestação e síndromes genéticas como o Down.
O Ministério da Saúde tornou compulsória a notificação de casos da malformação em todo território nacional, incluindo Minas Gerais. O protocolo para identificação de bebês com o problema deverá ser usado em todo o país. As instruções preveem os critérios para detecção da microcefalia em recém-nascidos, definem o fluxo de atendimento, diagnóstico, vigilância e acompanhamento de bebês com a anomalia.
G1