O resultado do exame de sequenciamento genético, feito pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), para identificar se o morador de Juiz de Fora, na Zona da Mata, foi mesmo infectado pela variante indiana (B.1.617) do coronavírus deve ficar pronto nesta sexta-feira (28). A informação foi dada pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, durante entrevista coletiva, na Cidade Administrativa, na tarde de hoje.
“Amanhã (sexta) deve sair o resultado genômico desse teste que foi feito nele. Estamos acompanhando todos os contatos, mapeando onde esse paciente passou. Caso algum deles tenha algum sintoma, é feito a testagem para que a gente consiga cobrir todas aquelas pessoas que entraram em contato com esse paciente”, disse.
Segundo o secretário, toda a vigilância epidemiológica desses contatos e do paciente suspeito está sendo feita pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (CIEVS-Minas), junto ao município de Juiz de Fora.
Na noite da última segunda-feira (24), a Prefeitura de Juiz de Fora confirmou que investiga o caso de um morador da cidade, do sexo masculino, que chegou da Índia na semana passada e testou positivo para Covid-19. O homem está internado da Santa Casa de Misericórdia desde que chegou à cidade, onde permanece isolado. Esse é o primeiro caso suspeito da variante indiana em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
BARREIRAS SANITÁRIAS – Questionado se a vigilância sanitária estadual irá fazer alguma barreira sanitária preventiva ou reforçar a fiscalização nas rodovias e em aeroportos, Baccheretti disse que a vigilância de casos suspeitos da variante indiana e de outros linhagens do coronavírus é feita pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“O paciente quando chega a portos ou aeroportos, a vigilância é feita pela Anvisa, que tem essa responsabilidade. Caso chegue um paciente suspeito de qualquer que seja a variante, incluindo a indiana, é feito a testagem imediata, vinculada a Anvisa, que comunica ao CIEVS do Estado, órgão que faz o acompanhamento e a vigilância de contatos junto ao município. Aí, o Estado atua de forma efetiva”, explicou.
Fábio Baccheretti disse ainda que o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Connas) alertou, há um mês, o Governo Federal sobre a necessidade de o país suspender os voos vindos da Índia. “O Connas fez esse alerta de suspendermos os voos da Índia ou pelo menos fazer a vigilância e isolamento de 14 dias após as pessoas chegaram desse país. O Connas fez esse movimento anterior à chegada e a confirmação do primeiro caso no Brasil”, afirmou.