O que seria das trapaças de Frank Underwood em “House of Cards” sem a parceria de sua mulher e aliada, Claire?
Pois a Netflix não julgava a primeira-dama igualmente relevante ao personagem de Kevin Spacey até pouco tempo atrás. A atriz Robin Wright, intérprete de Claire, precisou brigar no estúdio para conseguir um salário justo.
Em entrevista ao “Huffington Post“, Robin disse que chantageou os produtores da série para conseguir o pagamento igual, caso contrário iria a público.
“É o paradigma perfeito. Há vários filmes e séries em que o homem, o patriarca, e a matriarca, são iguais. E é assim em ‘House of Cards‘”, disse a atriz. “Eu disse: ‘quero ser paga igual ao Kevin‘”.
Robin Wright aparece em todos os 52 episódios da série e assina alguns como diretora. Ela e KevinSpacey são diretores-executivos da quinta temporada.
“Pesquisei estatísticas e vi que a Claire Underwood era mais popular que o Frank, então resolvi capitalizar em cima disso”, contou a atriz, que está encabeçando uma campanha contra a pilhagem dos recursos naturais do Congo.
Mãe de Dylan, 25, e Hopper, 22, do casamento com Sean Penn, Robin também falou de como a maternidade afetou seu poder de ganho no showbusiness.
“Eu não estava trabalhando em tempo integral, então não estava construindo minha faixa salarial. E se você não constrói isso com presença e notoriedade, você acaba ficando de fora do jogo. Vira um ator ‘B‘. Você não consegue segurar o valor que teria conseguido se fizesse quatro filmes por ano comoNicole Kidman e Cate Blanchett fizeram enquanto eu criava meus filhos, por exemplo. Agora, estou numa espécie de retorno aos 50 anos”.
Ao trazer à tona o tema da igualdade salarial, Robin Wright se junta a um coro de atrizes que vêm protestando sobre o tema, como Jennifer Lawrence, Emma Watson, Olivia Wilde, Patricia Arquette,Emma Thompson e Gwyneth Paltrow.