O inquérito instaurado para apurar a queda de um ônibus na BR-381, em Minas Gerais, que deixou 19 pessoas mortas, foi encerrado, informou a Polícia Civil em comunicado oficial nesta quinta-feira (11/5). O veículo despencou de aproximadamente 35 metros de altura da localidade conhecida como Ponte Torta, em trecho situado no km 350, entre João Monlevade e Nova Era, na região Central do estado, em dezembro de 2020.
Segundo apurado pela Polícia Civil, o acidente foi causado por uma falha mecânica no sistema de freio. Com isso, o motorista, que era investigado, não responderá criminalmente pelo acidente. A instituição policial não esclareceu se alguém foi indiciado.
À época, a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) informou que o ônibus envolvido no acidente não tinha autorização para o transporte de passageiros. A ANNT também revelou que a empresa dona do veículo, a Localima Turismo, operava sob liminar judicial.
O ônibus saiu do vilarejo de Santa Cruz do Deserto, município de Mata Grande, no interior de Alagoas, e levava os passageiros para São Paulo. O desastre ocorreu às 13h30, na chamada “Ponte Torta”, próximo ao entroncamento da BR-381 com a BR-262, a oito quilômetros da sede urbana de João Monlevade e a 1,5 quilômetro do bairro Jacuí.
Segundo testemunhas na ocasião, o ônibus seguia pela BR-381, no sentido Ipatinga. Ao descer a serra, quando se aproximava da “Ponte Torta”, viaduto sobre o Rio Piracaba e a estrada de ferro Vitória/Minas, o ônibus perdeu os freios e entrou pela contramão, descontrolado, chegando a bater no retrovisor de outro veículo que viajava no sentido contrário antes de cair.
Rodovia da morte
O cenário do desastre, a BR-381 é conhecida em Minas como rodovia da morte no trecho compreendido entre João Monlevade e Belo Horizonte. O termo ganhou começou a ganhar popularidade em fevereiro de 1996, quando um ônibus caiu da ponte sobre o Rio Engenho Velho, em Nova União, deixando 31 mortos e 16 feridos.