Data: 09/03/2025 | Fonte: Brasil de Fato | Autor: Jean Silva
O governo de Romeu Zema (Novo) formalizou, em 21 de fevereiro de 2025, a venda de quatro usinas hidrelétricas da Cemig à Âmbar Hidroenergia Ltda., do grupo J&F, por R$ 52 milhões, com ágio de 78,8%. Localizadas em Juiz de Fora, Manhuaçu, Águas Vermelhas e Uberlândia, as usinas foram vendidas sem consulta popular ou aprovação qualificada da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), descumprindo a Lei Estadual 15.290/2004. A operação ocorre apesar de uma decisão judicial de 2023 que suspendeu a venda de 15 outras usinas por motivos semelhantes.
A medida é criticada por sindicatos, como o Sindieletro-MG, e parlamentares, como o deputado Betão (PT), que denunciam um “desmonte” do patrimônio público mineiro. Eles apontam riscos como demissões, aumento de tarifas, precarização do serviço e exclusão de áreas menos rentáveis. O governo Zema é acusado de adotar uma estratégia de privatização fracionada para burlar exigências legais, enquanto tenta alterar a legislação na ALMG para facilitar futuras vendas.
A resistência inclui ações judiciais e mobilizações, com ameaça de greve. A Cemig e o governo não responderam às críticas até o momento.