O vigilante de 35 anos que filmou o assalto do qual foi vítima no sábado (12), na zona leste de São Paulo, mandou um recado após o assaltante ser baleado por um policial que voltava do trabalho.
“Vai roubar agora no inferno, maluco. Vai roubar no inferno, a minha moto você não vai levar, não”, disse, enquanto recuperava sua moto Honda Hornet, avaliada em cerca de R$ 35 mil, segundo a tabela Fipe.
O recado foi endereçado a Leonardo Escarante Santos, 18, que estava no chão depois de ter levado um tiro no abdômen e outro na perna. Ele foi levado ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde passou por cirurgia. Não há informações sobre seu estado de saúde. O outro assaltante fugiu.
A vítima, que não teve sua identidade revelada, agradeceu ao policial que evitou o assalto. A ação foi gravada por uma câmera acoplada em seu capacete. Um dos vídeos postados nesta tarde no Youtube já tem mais de 27 mil visualizações.
O CRIME
O vigilante se dirigia ao Salão Duas Rodas, que acontecia no Anhembi, zona norte da capital, quando foi abordado por dois homens no cruzamento das Doutor Assis Ribeiro e Gabriela Mistral, na Penha. O crime ocorreu por volta das 15h de ontem.
Leonardo Santos estava na garupa de uma Honda Twister vermelha. No vídeo é possível ver que ele aponta uma arma para a vítima e exige que ele entregue o veículo.
Em seguida, Santos sobe na moto e guarda a arma na cintura. Segundo a Polícia Civil, um policial militar fardado, que estava parado no sentido oposto da via, dá voz de prisão aos assaltantes.
Ao ver o policial, o assaltante põe a mão na cintura e aponta o revólver calibre 38 para o PM, que reagiu fazendo dois disparos contra ele.
Em nota, a Polícia Militar informou que “a análise preliminar do vídeo sugere que a ação do policial militar foi legítima e correta, com a observância das técnicas policiais. No vídeo de 2 minutos e 13 segundos, aos 59 segundos é possível ver nitidamente que o assaltante apontou sua arma em direção ao PM”.
A corporação disse que o policial “demonstrou preparo e compromisso com a causa pública, defendendo a sociedade de criminosos violentos”.