Secretária de vereador é morta por policial civil dentro da Câmara de Contagem

Central de Jornalismo

Uma mulher foi morta dentro da Câmara Municipal de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (16).

O suspeito do crime é um escrivão da Polícia Civil que tinha um relacionamento com a vítima. Esse é o segundo crime envolvendo policial civil somente nesta semana.

Ludmila Leandro Braga trabalhava com o vereador Jerson Braga Maia, o Caxicó (PPS), e foi morta com seis tiros na sala onde trabalhava com o vereador.

O suspeito do crime, Cláudio Roberto Weichert Passos, tentou se matar com dois tiros na cabeça, mas foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com vida para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Ele trabalha como escrivão há 15 anos e é lotado em Betim, também na região metropolitana.

Ameaças 

Testemunhas informaram que Ludmila estava sofrendo ameaça do do escrivão há, pelo menos, 15 dias. Uma testemunha informou a reportagem que os dois tinham um relacionamento e que o homem dizia que ia matá-la se ela não deixasse o atual marido dela.

“Almoçávamos todos os dias juntas e ela estava reclamando há pelo menos dois meses que ele estava muito agressivo e que ele era muito possessivo”, contou uma amiga da vítima.

Amigos aconselharam ela a terminar o relacionamento. Ela teria tomado a decisão há uma semana e ele começou a ameaçá-la. Segundo os amigos, quem passava pela sala dela podia ouvir Ludmila gritando no telefone com ele.

“É preciso criar saídas para que esse tipo de crime seja evitado. Hoje a família dela chora, mas a família dele também. Deve ser muito devastador para uma mãe ver o filho cometer um crime desse”, declarou a secretária de Desenvolvimento Social e Habitação, Luzia Ferreira.

Ela deixou duas filhas. A família esteve na Câmara Municipal, mas não quis comentar o crime.

Sem detector de metal 

A sala em que a vítima estava era uma das primeiras da Câmara Municipal e o suspeito entrou pela porta da frente às 9h. Ele realizou todo o procedimento para visitantes na Câmara deu a identidade e tirou foto.

O presidente da Comissão de Segurança da Câmara, Leo Mota (PSL), disse que detectores de metal e câmeras de segurança estavam sendo instaladas no local. Os detectores ainda não estavam funcionado.

A reportagem aguarda retorno da Polícia Civil sobre o caso. Como a Câmara foi evacuada, ninguém foi encontrado para falar sobre o caso.  A reportagem também tentou contato com o vereador Caxicó, mas sem sucesso.

Atualizada às 11h37

FONTE: O TEMPO 

Compartilhe este artigo
Sair da versão mobile