O secretário de Segurança Pública de Minas Gerais, Sérgio Barboza Menezes, participou nesta quinta-feira (22/2) de uma reunião com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e os secretários de segurança de São Paulo, Mágino Alves Barboza Filho, e do Espírito Santo, André Garcia, na capital paulista.
Sérgio Menezes pediu a agenda conjunta na última semana para conhecer detalhes da ação prevista pelo Governo Federal no Rio, após o anúncio da intervenção na área de segurança pública. A intenção, segundo ele, foi conhecer o plano com os detalhes que o tema exige e, com isso, promover o alinhamento preventivo entre os estados vizinhos. O reforço na segurança pública em Minas Gerais é uma determinação do governador Fernando Pimentel.
No encontro, Sérgio Menezes propôs o reforço da integração entre as inteligências de Minas, São Paulo, Rio e Espírito Santo, com troca de informações de forma contínua e com acesso a possíveis alertas e movimentos identificados da ação no Rio.
O “esforço de inteligência integrado”, como destacou Menezes, vai focar, principalmente, no mapeamento das divisas, avaliações de fluxos de entrada de armas e drogas e na gestão estratégica de alvos. A proposta mineira foi aceita pelo grupo, que já marcou para a próxima semana uma reunião com as áreas de inteligência dos estados e do Ministério da Justiça para tratar os desdobramentos.
O secretário mineiro sugeriu ainda a reativação de um comitê muito bem-sucedido no estado, nas Olimpíadas em 2016, chamado de Comitê Executivo de Segurança Integrado Regional (Cesir). Por meio do Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR), do Governo do Estado, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Federal, Exército, Polícia Rodoviária Federal e Sistema Prisional atuariam em conjunto, de forma a tomar decisões estratégicas de forma integrada, rápida e inteligente.
Menezes, entretanto, é enfático na afirmação de que as ações e integrações realizadas até então são preventivas, uma vez que não acredita na migração de criminosos para Minas, baseado em experiências anteriores e na capacidade técnica das forças de segurança do Estado.
Para ele, Minas está em posição privilegiada, preparada nas áreas de inteligência e operacional, com queda nos índices de criminalidade e, por isso, trabalha para manter essa continuidade. “Estamos aqui para entender o que se pretende com a intervenção e, também, até oferecer ajuda ao Rio, se for preciso”, ressaltou.
Reforço de policiamento e CICC Móvel
Como apoio no reforço das divisas de Minas, uma superestrutura de segurança para vigilância das áreas limítrofes será utilizada em estradas de regiões vizinhas ao Rio, como Juiz de Fora. Os detalhes da operação ainda estão sendo fechados e serão divulgados em breve.
O CICC Móvel é uma carreta com tecnologia embarcada, câmeras que se elevam 30 metros e alcançam até 5km, com imagens nítidas e visão térmica e noturna. Do local, várias instituições poderão trabalhar de forma conjunta e abordar pessoas e veículos utilizando cruzamento de bancos de dados e sistemas como leitura de placas, consulta de foragidos, entre outros propósitos.
A ação se soma o anúncio já realizado pelo Comando da Polícia Militar, no início da semana, de reforçar o policiamento de áreas de divisas, de forma preventiva, para tranquilizar os moradores das cidades de áreas limítrofes ao Rio.
Agência Minas