O período chuvoso já começou em Minas Gerais. Chuvas intensas e/ou prolongadas, enchentes e enxurradas, deslizamento, alagamento, granizo, vendaval, descarga atmosférica, além de um aumento na incidência de algumas doenças são comuns nesse período.
Pensando em orientar a população sobre os cuidados necessários para manter a segurança e a saúde no período, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) acaba de colocar no ar o site www.saude.mg.gov.br/alertachuva.
“O hotsite #AlertaChuva nasceu de uma demanda da Vigilância Epidemiológica da SES-MG, que queria deixar de forma pública, no nosso site, dicas de prevenção à saúde no período chuvoso. Essas dicas são importantes para prevenir doenças e, principalmente, ensinar a população cuidados com o manejo de alimentos e água para consumo”, explica o coordenador da Comunicação Digital da SES-MG, Wander Veroni.
Nas ancoragens “Água e Alimentos”, “Limpeza e Desinfecção”, “Enchentes e Alagamentos”, “Animais Peçonhentos” e “Doenças”, é possível obter diversas informações, dados e dicas de saúde. O site traz, ainda, vídeos e cartilhas sobre como proceder em caso de enchentes, desmoronamento e raios. Informações sobre procedimentos de limpeza e de higiene em caso de inundações para reduzir os riscos á saúde, dicas para limpar a caixa d’água, entre outros, também estão na página especial.
“O hotsite agrega, em um só espaço, várias informações sobre os riscos à saúde durante o período das chuvas. Traz esclarecimentos de forma didática sobre as ações e as medidas mais adequadas em caso de chuva. Ensinando a população como proceder para evitar acidentes, enxurradas e doenças mais comuns no período”, destaca a diretora de Vigilância Ambiental da SES-MG, Marcela Ferraz.
De acordo com Veroni, além do hotsite “Alerta Chuva”, nas próximas semanas serão divulgados posts para serem compartilhados nas redes sociais.
Doenças mais comuns durante as chuvas
Segundo Marcela Ferraz, durante o período das chuvas, aumentam muito os riscos de aparecimento de doenças como leptospirose, hepatites infecciosas, diarreias agudas, febre tifóide, dengue, chikungunya, zika, doenças dermatológicas e respiratórias infecciosas.
Em 2017, em Minas Gerais, por exemplo, ocorreram 95 casos de leptospirose, com sete mortes. A ocorrência dos casos tende a ser maior nos períodos de enchentes porque a enxurrada traz para os ambientes humanos a urina de roedores que estão nos esgotos e bueiros. Por isso, qualquer pessoa que entrar em contato com a água ou lama pode acabar infectada.
A transmissão de Hepatite A está relacionada diretamente às condições de saneamento básico e higiene pessoal. Normalmente transmitida por meio de alimentos mal lavados, também pode surgir com a ingestão acidental de água das chuvas contaminado. No ano passado, foram 91 casos notificados da doença.
Também é preciso estar atento aos sintomas de diarreia, especialmente nas crianças. Se não for tratada adequadamente, pode evoluir para uma desidratação grave e até mesmo levar ao óbito. Em crianças de 1 a 4 anos, por exemplo, foram notificadas, em 2017, seis mortes causadas pela doença.
A febre tifoide é outra enfermidade que pode ter a incidência aumentada nesse período. Transmitida por bactéria, provoca febre alta, dores de cabeça, mal-estar geral, falta de apetite, retardamento do ritmo cardíaco, aumento do volume do baço, manchas rosadas no tronco, prisão de ventre ou diarreia e tosse seca. É transmitida pela ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes humanas ou com urina contendo a bactéria.
A Chikungunya, Zika e Dengue também tendem a aumentar nesse período. Isso porque, com a chegada da época do calor e do período chuvoso, aumenta a quantidade de água parada, facilitando a proliferação do vetor dessas doenças. Informações sobre a doença, campanha de mobilização e dicas sobre como evitar a proliferação do mosquito também estão no site www.saude.mg.gov.br/aedes.
Outra doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquitos, a Febre Amarela também requer atenção nesse período chuvoso. Para o enfrentamento da doença, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a vacina por meio do Calendário Nacional de Vacinação nas Unidades Básicas de Saúde. Confira mais informações em www.saude.mg.gov.br/febreamarela.
Animais peçonhentos
A diretora de Vigilância Ambiental da SES-MG, Marcela Ferraz, alerta ainda que, durante esses períodos, também aumentam bastante os acidentes com animais peçonhentos. Por isso, o site traz informações sobre como evitar os acidentes tanto dentro, quanto fora de casa.
“Durante essa época, animais como escorpião, cobras e aranhas procuram lugares secos para se abrigarem, podendo ser encontrados nas proximidades das casas, jardins e parques, tanto em áreas urbanas, quanto rurais. Para evitar acidentes é importante manter jardins e quintais limpos, não acumular entulhos, lixo doméstico e material de construção nas proximidades das casas e terrenos baldios”, explica.
Em 2017, foram registrados em Minas Gerais cerca de 40.077 mil casos de acidentes envolvendo algum tipo de animal peçonhento. Desses, 78 evoluíram para óbito.
Fonte: Agência Minas