O Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) registrou, ao longo do ano de 2017, um total de 8.027 reclamações. Destas, mais de 15% são do setor de telefonia celular e fixa. O segmento mantém, desde 2013, a liderança do ranking. Em seguida, vem o setor de combo (telefone, TV e internet) e queixas de cartão de crédito. Segundo o Procon, mais de 86% das reclamações foram solucionadas.
Em 2017, 58,1% das reclamações contra as empresas de telecomunicações tratavam de valores cobrados em conta não reconhecidos pelo consumidor. Entretanto, no balanço anual do ano passado, o que mais chamou a atenção foi o aumento de 34,6% do número de queixas referentes a empréstimos pessoal e consignado, em relação a 2016. Foi um total de 556 queixas.
De acordo com o balanço, em muitos casos, a somatória dos empréstimos adquiridos em um ou mais instituições financeiras comprometia a maior parte do rendimento mensal do reclamante. Esse dado indica que os consumidores ainda têm pouca educação financeira.
Segundo o coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Barbosa, os maiores responsáveis por esse superendividamento são os próprios bancos. “As instituições financeiras muitas vezes oferecem empréstimos sem levar em conta a capacidade dos contratantes em honrar suas dívidas. Trata-se de uma atitude irresponsável que leva inúmeras pessoas ao desespero”, diz.
Veja a tabela:
Telefonia celular e fixa – 1.265 reclamações
Combo (telefonia, TV por assinatura e internet) – 1.029 reclamações
Cartão de crédito (incluindo acordos) – 766 reclamações
Empréstimos consignado e pessoal – 556 reclamações
Eletrodomésticos e eletroeletrônicos – 491 reclamações
Aparelhos telefônicos – 404 reclamações
Estabelecimentos de ensino/CFC, cursos, pré-vestibular – 212 reclamações
TV por assinatura – 187 reclamações
Móveis, armários e cozinhas planejadas – 169 reclamações
Financiamento de veículo – 145 reclamações
Fonte: O TEMPO