As festividades de carnaval se aproximam e acendem um alerta com relação às doenças sexualmente transmissíveis.
Em pesquisa intitulada “O Jovem e o Sexo”, divulgada em 2016 pela Universidade Federal de São Paulo – Unifesp – apenas 5% dos entrevistados, que tinham entre 15 e 25 anos, disseram usar camisinha em todas as relações. O sexo sem proteção é, certamente, um dos fatores que levaram ao crescimento dos casos de HIV entre jovens brasileiros. Os casos entre jovens de 15 a 19 anos aumentaram 163% no país. Hoje eles representam 5,5% do total de soropositivos.
O crescimento foi ainda maior na faixa etária entre 20 e 24 anos – Alta de 187% na comparação entre 2007 e 2016.
Os números sobre sífilis também são impressionantes. Segundo a pesquisa, houve um aumento de 2.487% (ou seja, 25 vezes) na faixa de 13 a 19 anos. Entre 20 e 29 anos, o número de infectados teve um aumento de 2.400%.
Os casos de sífilis estão crescendo no Brasil, ao contrário do que acontece no mundo, e com graves consequências. A maior preocupação é com a transmissão de mulheres grávidas para os fetos. Os bebês podem sofrer malformações no sistema nervoso, perder a visão ou a audição e até mesmo morrer.
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Tem como principais sintomas – Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.
Transar sem camisinha e com vários parceiros é um comportamento dos jovens que ficou evidente em alguns tipos de festas. Nos chamados “trenzinhos”, ou “tábuas de sexo”, garotos e garotas costumam trocar de parceiros várias vezes durante a noite. A prática é comum nos bailes funk.
A “brincadeira” suicida também é uma prática comum na Espanha, onde jovens do sexo masculino fazem uma roda e algumas garotas ficam no centro se revezando na prática de sexo grupal – Perde o “jogo” quem ejacular primeiro. O uso de álcool e outras drogas também é comum durante a prática sexual.
Os médicos também alertam para o crescimento de outras doenças sexualmente transmissíveis como gonorreia e herpes genital, que não constam nas estatísticas do governo.
O Ministério da saúde listou as principais doenças sexualmente transmissível
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AIDS
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Cancro mole (cancroide)
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Condiloma acuminado (Papilomavírus Humano – HPV)
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Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
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Donovanose
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Gonorreia e infecção por Clamídia
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Hepatites virais
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Herpes genital
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Infecção pelo HTLV
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Linfogranuloma venéreo (LGV)
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Sífilis
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Tricomoníase