“Diante da circulação de rumores acerca da falta de eficácia da vacina contra febre amarela, a Sociedade Mineira de Infectologia (SMI) vem esclarecer que a vacina é eficaz, oferecendo uma proteção em torno de 98%. Apesar de ocorrerem raros casos de doença em indivíduos imunizados, formas graves entre as pessoas vacinadas são bastante incomuns.
O estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado em 2017, que mostra a presença de mutações, aponta para alterações em proteínas responsáveis pela replicação viral e não em proteínas do envelope do vírus. Como a proteção da vacina ocorre pela produção de anticorpos contra o envelope viral, os próprios autores do estudo esclarecem que “as alterações detectadas no estudo não afetam as proteínas do envelope do vírus, que são centrais para o funcionamento da vacina”.
A situação epidemiológica da febre amarela em Minas Gerais e outros estados da região Sudeste é grave. A SMI vem reforçar a recomendação para que todas as pessoas ainda não vacinadas e que não apresentem contraindicação à mesma, que procurem os postos de saúde para se imunizarem. Quanto maior for a cobertura vacinal, menor o risco das pessoas adoecerem e do vírus se disseminar para áreas urbanas. A doença é grave e pode levar à morte em um curto espaço de tempo.”
Fonte: Diretoria da Sociedade Mineira de Infectologia