Empresas do ramo alimentício de Minas Gerais e São Paulo são investigadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por sonegação fiscal de aproximadamente R$ 30 milhões
Uma delas é um laticínio de Uberlândia, local que, na quarta-feira (17/5), foi um dos alvos do cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão na operação Ouro Branco.
A investigação data de 2020, quando um veículo com 30 toneladas de leite foi interceptado fazendo o transporte do produto sem nota fiscal. À época, a empresa responsável pelo produto foi multada em R$ 500 mil. O caso chamou atenção, e essas passoas entraram no radar do MP.
As investigações têm indícios de sonegação fiscal e de uso de laranjas para ocultar os verdadeiros responsáveis pelos crimes fiscais. De acordo com a promotoria, há empresas que não foram encontradas no endereço inscrito na receita Estadual.
O grupo também é apontado pela formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os suspeitos usavam notas fiscais falsas para acobertar a circulação de produtos e evitar o pagamento de tributos. Há registro de aquisição de carros de luxo e outros bens, segundo o MPMG.
Mandados
Durante a ação desta quarta-feira, agentes do Ministério Público e da Receita Estadual cumpriram 14 mandados de busca e apreensão apenas em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Havia ainda alvos também em São Paulo (SP), São Carlos (SP), Torre de Pedra (SP) e Itaquaquecetuba (SP).
Houve ainda quebra dos sigilos bancários, fiscais e telemáticos de pessoas e empresas investigadas.